Uma vista de olhos ao Amadora BD 2017
De um ponto de vista “leigo”, de uma visitante não profissional, não é difícil selecionar este Amadora BD 2017 como a menos entusiasmante dos últimos (pelo menos) quinze anos.
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Ainda assim, não se recomenda a opção de não ir visitar – pelo contrário, vale a pena ir. Como diria o Poeta “vale sempre a pena”!
As exposições são interessantes e didáticas para todos.
A abordagem do tema, Reportagem, não foi esquecida e marca o início da visita.
Destacando o piso inferior do núcleo central, pode, ali, encontrar-se com “O Espírito de Will Eisner” (nome incontornável, que mesmo após o falecimento continua a ter tanto para mostrar/dar a rever e justifica a sua inclusão na Lista de Participantes). Não deixe de entrar nos espaços dedicados às obras premiadas “Tormenta” e “Maria!”. Além do seu bom conteúdo, são os melhores exemplos para se poder perceber que as exposições do evento que já foi designado “FIBDA” não passaram a ser só elaboradas “em 2D” ou em vídeos visíveis em ecrãs (alguns vídeos são muito bons e as experiências, como as de Jorge Coelho e outros, enriquecem quem tiver a oportunidade de se sentar a ver e a escutar).
O Espaço Infantil, o Auditório, as Pipocas e outras guloseimas, o Espaço de Autógrafos, a Loja (sim, continua a não ter disponível o pagamento por multibanco), as bancas de venda de livros por parte das editoras, têm a sua merecida continuidade neste evento e não desiludem.
A componente humana presente no recinto, a zelar para que tudo decorra bem e com normalidade, parece revelar nos seus rostos, gestos e “voz off” uma certa “mecanização”. Com efeito, este é um festival muito importante, que conta já com um histórico “comprido” e louvável. Mas o que se deseja para o Amadora BD é uma vida muito longa, com muitos mais anos do que os que já passaram pela frente, com vitalidade, representando um lugar de destaque no panorama da Banda Desenhada e não só. E, para que tal se cumpra, é ideal que, a cada ano, se tente superar e ainda inovar um pouco. É estranho estar lá, estar a gostar de se ter ido, mas menos contente do que nos outros anos, e ouvir “bem-vindo ao festival” sem qualquer ponta de crença em que se vai gostar muito na voz, e, mais tarde, “(…) faltam 59 minutos para o encerramento (…)”.
A Central Comics voltará, ainda este ano, ao Festival! Venha, também daí, ver e procurar lá mais pontos positivos para que fiquem na memória! E entusiasme-se, desde já, com a Edição de 2018!
Joana Marques
BD em Análise: Monstress, Aurora, Daghdha e Como Falar com Raparigas em Festas!
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Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.