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Squirrel with a Gun: Caos Roedor

O esquilo com mais estilo do momento chegou às consolas de nova geração com um jogo simples, mas eficaz em Squirrel with a Gun.

 Squirrel with a Gun   

Jogo: Squirrel with a Gun
Disponível para: PC, PlayStation 5, Xbox Series
Plataforma testada: PlayStation 5
Estúdio: Dee Dee Creations LLC
Editora: Maximum Entertainment

Squirrel with a Gun

Às vezes fica complicado escolher aqueles jogos que vamos experienciar entre a montanha de jogos independentes que são lançados a cada momento. No entanto, Squirrel with a Gun destaca-se como um dos conceitos mais absurdos e hilariantes que surgiram recentemente. Tal como o título sugere, jogamos como um esquilo — não um esquilo qualquer, mas um que maneja armas de fogo com a mesma energia maníaca que se esperaria de uma criatura da floresta que, de repente, tem acesso a armamento pesado.

Sendo um jogo de sandbox, a narrativa não é o foco principal. Não há uma história elaborada sobre como ou porquê um esquilo acaba a usar armas — e, sinceramente, o jogo é melhor por isso. A ausência de contexto acrescenta valor cómico, explorando o seu absurdo de forma consciente. O jogo começa com o esquilo a encontrar uma arma num laboratório, por conta de o caos que já criou inicialmente. E, vamos ser sinceros, daí para a frente, são eventos gerados pelo jogador à medida que explora o ambiente, aterroriza civis e completa objetivos peculiares.

O núcleo da jogabilidade de Squirrel with a Gun gira em torno de um mundo aberto, cheio de ambientes destrutíveis e vários NPCs para aterrorizar ou fazer amizade. Como esquilo, tens uma mobilidade incrível, principalmente porque é possível utilizar as armas para mais do que disparar contra alvos. Sim, podemos usar a nossa arma para andar a saltar de um lado para o outro, como maníacos que somos.

Squirrel with a Gun

Fiel ao seu nome, Squirrel with a Gun coloca nas patas do protagonista uma variedade de armas de fogo — desde pistolas e espingardas até armas mais absurdas, como lança-foguetes. O combate é intencionalmente exagerado, levando a interações hilariantes, como o esquilo a lutar contra o recuo da arma, muitas vezes lançando-se para trás ao disparar uma arma maior. Este humor físico é um dos grandes destaques do jogo. Além disso, o sistema de física permite momentos espetaculares de caos: podes usar a força do recuo da tua arma para te impulsionares no ar ou atravessar lacunas, criando estratégias de fuga hilariantes.

O sistema de combate não deve ser levado demasiado a sério. É mais uma piada interativa do que uma mecânica de teste de habilidade.

Para além do combate, a exploração é um elemento-chave do jogo. O ambiente urbano é relativamente pequeno, mas densamente recheado de coisas para fazer e destruir. Os desenvolvedores claramente se divertiram a criar interações entre o esquilo e o mundo humano.

Squirrel with a Gun

Visualmente, Squirrel with a Gun apresenta uma mistura encantadora de ambientes fotorrealistas e modelos de personagens exagerados. O esquilo é altamente detalhado e animado com precisão, oferecendo um realismo estranho quando justaposto com as suas ações absurdas. Os NPCs humanos, por outro lado, são caricaturalmente desajeitados, uma escolha deliberada que acrescenta à comédia. O design dos cenários — desde ruas suburbanas a parques da cidade — é bem feito e funcional, embora não particularmente inovador.

O design de som, tal como os visuais, está perfeitamente ajustado para amplificar o absurdo. Os disparos das armas são altos e bombásticos, em contraste com o tamanho diminuto do esquilo, fazendo com que cada tiro pareça desproporcionalmente impactante. A banda sonora, embora mínima, dissolve-se no fundo para dar protagonismo ao caos das tuas ações. Os efeitos sonoros — como os gritos aterrorizados dos NPCs ou os guinchos cómicos do esquilo — ajudam a reforçar o humor e a loucura.

Squirrel with a Gun

Resta concluir que, Squirrel with a Gun é um excelente exemplo do que os jogos independentes podem oferecer: uma experiência fresca, estranha e capaz de fazer rir alto, algo que dificilmente encontrarás em títulos mainstream. O conceito é simples e hilariante, e o jogo brilha ao proporcionar um terreno de jogo caótico e de mundo aberto, onde podes dar asas à tua destruição.

Nota: 7/10

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