Jogos: Shantae and the Seven Sirens – Análise
Shantae é uma série que começou logo a colecionar fãs nos anos 2000. Depois do seu primeiro lançamento considerado obscuro, só em 2010 é que se cimentou como uma série de culto. Será que este novo Shantae and The Seven Sirens mantém esse estatuto?
Esta aventura começa logo quando Shantae e os seus parceiros são convidados a visitarem Paradise Island, onde Shantae vai participar no Half-Genie Festival. Acontece que existem mais half-genies como Shantae (mais seis para ser específico) que foram convidadas e durante uma performance efetuada por todas, tudo fica negro e estas desaparecem. É este o tiro de partida do jogo e agora temos a missão de encontrar as meninas desaparecidas e tentar descobrir o segredo por detrás do festival.
Em termos de jogabilidade, Shantae funciona como o típico metroidvania: existe muito por onde explorar, muito para ver e ainda mais para fazer. Além de termos um mapa para completar e umas meninas para salvar. Tudo isto num espaço 2D e com uma imensidão de habilidades que Shantae pode utilizar. Se o facto de saltarmos, caminharmos agachados e usamos o nosso cabelo como um chicote pode parecer um pouco aborrecido e deixar os jogadores desanimados por ser algo já comum na nossa heroína, as restantes habilidades trazem algo de diferente para a mesa. As Fusion Forms e as Fusion Dances são realmente o que importa neste jogo e que nos irá salvar a vida em várias situações. As Fusion Forms servem para nos transformarmos num animal que nos deverá ser útil em algo, enquanto as Fusion Dances tem tarefas mais importantes que nos vão ajudar a ultrapassar várias áreas e a desenvolver ações antes impossíveis de o fazer, mas, também teremos que descobrir como tal se desenrola.
No entanto, algo que me surpreendeu e muito pela positiva foi em termos gráficos. Já sabia que a série Shantae apresenta sempre gráficos fantásticos, mas desta vez, a Wayfoward esmerou-se e muito! Tudo o que está animado e até mesmo o que não está animado é de fazer qualquer um que adore animação ficar babado. Especialmente, se tivermos em conta que tudo está feito de uma forma que leva a que mesmo em situações bastante povoadas, seja de inimigos ou de elementos do cenário, tudo se mantenha fluído de uma maneira que é impossível detetar algum erro. E, claramente, não podemos deixar a música de fora que é bastante agradável de se ouvir e que conjuga perfeitamente com o que está a acontecer no cenário.
Por fim, gostaria de referir a longevidade. Shantae and the Seven Sirens é daqueles jogos que nos dá dois níveis de dificuldade: fácil se quisermos jogar com calma, difícil se quisermos jogar o jogo mais rapidamente. É um jogo que nos leva a pensar em quebra-cabeças, para que lado deveremos ir a seguir e que ataque podemos usar num ou noutro inimigo. É realmente um jogo que nos faz andar para trás e para a frente e sempre a descobrir coisas novas, já que como o mapa vai gradualmente aparecendo, faz com que existam locais que nos tenham falhado ou que não era anteriormente possíveis de se atingir.
Resta concluir que, por norma são poucos aqueles jogos que considero perfeitos. No entanto, Shantae and the Seven Sirens entra nessa lista muito facilmente. Tem um desenho a nível de gráficos e de áreas fantástico, uma música de “chorar e ouvir por mais” e, acima de tudo, apresenta um desafio com uma longevidade perfeita. Os meus sinceros parabéns à Wayfoward.
Nota Final: 10/10
Shantae and the Seven Sirens está disponível para Apple Arcade, PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch (versão testada)
Agradecimentos à WayFoward
Unboxing LIVE: Caixa Mistério de Comics
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.