Ronda de análises para a Switch: Shuttlecock-H, Albacete Warrior, Twice Reborn: A Vampire Visual Novel e Lootbox Lyfe+

O Central Comics experimentou quatro novidades em quatro géneros diferentes para a Nintendo Switch. Eis o que pensamos de cada um dos títulos.

Shuttlecock-H (Switch)

Desenvolvido pela Inlet Pipe Productions e distribuído pela Eastasiasoft, Shuttlecock-H é um dodge’em up em que o objetivo é evitarmos que os tiros disparados por robôs numa arena quadrada atinjam a nossa nave espacial, enquanto recolhemos corações que vão aparecendo. Para passarmos de nível, temos de recolher um certo número de corações, apenas com a ajuda de uma habilidade que atrai os ditos cujos para perto de nós. Existem três universos disponíveis, cada um com uma simpática anfitriã pronta a descascar-se a cada nível que passamos. Em termos de videojogo, não há grande coisa aqui. Não é horrível, mas colocá-lo-ia ao nível do Snake em termos do entretenimento que proporciona. Mas sendo um jogo sexualmente explícito, foi desenvolvido para um público específico que admira o erotismo hentai. Porém, mesmo aqui, penso que existe conteúdo mais desenvolvido a preços mais apelativos. Na minha humilde opinião, por 7,99 €, bem que me podiam deixar dar uns tirinhos e as moças podiam mexer-se um bocadinho mais.

Classificação: 4,5/10

Albacete Warrior (Switch)

Espanha recebe-vos de braços abertos e dá-vos as boas-vindas a Albacete, terra afamada pelos seus ninjas mortíferos e peritos em artes marciais… O quê? É exatamente isso que leram! À primeira vista, parece completamente absurdo e descabido, mas depois percebe-se que ainda é mais absurdo e descabido do que pensávamos. Contudo, confesso que me deixei convencer e acabei por me divertir muito com Albacete Warrior. A história é pateta, os diálogos absurdos e cheios de gralhas (na versão em inglês), e por muito que desse por mim a pensar em voz alta “que estupidez”, só percebi que já tinha passado um par de horas a jogar na primeira vez que peguei no jogo quando me começou a doer a bochecha por estar tanto tempo com um sorriso na cara. Trata-se de um jogo de ação com recursos 2D sobre mapa 3D num estilo distinto e bem conseguido, com uma jogabilidade positiva (não perfeita por ser um pouco frustrante). Diverti-me bastante e não creio que os 10,00 € de preço de venda estabelecido pela Eastasiasoft para o jogo desenvolvido pela FAS3 sejam exagerados, especialmente considerando que podemos entrar na parvoeira a dois.

Classificação: 7,5/10

Twice Reborn: A Vampire Visual Novel (Switch)

Twice Reborn: A Vampire Visual Novel é precisamente aquilo que o título sugere: um romance gráfico, de modo que se me afigura difícil analisar este título desenvolvido pela First Step Cinematics e pela Ratalaika Games, com distribuição da nossa querida Eastasiasoft. Mas vou dar o meu melhor e tentar! Aqui vai: esta é a pior coisa que aconteceu à Nintendo desde o Sonic! Em cerca de meia-hora de jogo (perdoem-me, mas não aguentei mais), tive duas interações que consistiram em escolher uma entre duas opções. «Mas André, é um romance gráfico, não sejas assim». Muito bem, vejamos a história, os diálogos e os gráficos então… Hmm… Imaginem que 10 adolescentes entre os 12 e os 15 anos veem a trilogia Twilight de seguida após 2 noites sem dormir e, à terceira noite sem pregar olho, decidem reescrever a saga sentados na varanda durante o inverno, mas cada adolescente só pode escrever 1 cena e não pode mostrar às outras 9 pessoas o que escreveu. Agora imaginem que o grupo se esqueceu do manuscrito da história lá fora durante um furacão e, como não lhes apeteceu escrever tudo de novo, fazem resumos individualmente a uma menina de 7 anos que, por acaso, estava a passar ali e dizem-lhe para passar tudo a limpo. Estão a imaginar? Leiam essa história porque de certeza que vai ser mais interessante que esta. Os gráficos estão marginalmente satisfatórios (para o que se pode esperar de um romance gráfico). Se me pagassem 15,99 € por hora para chegar ao fim do jogo, recusaria, muito menos aceitaria pagar esta quantia para jogar Twice Reborn: A Vampire Visual Novel.

Classificação: 1/10

Lootbox Lyfe+ (Switch)

Lootbox Lyfe+ é um jogo de plataformas metroidvania desenvolvido pela Conradical Games e distribuído pela Ratalaika Games. Em Lootbox Lyfe+, somos uma simpática bolinha que está a tentar salvar a sua espécie ao saltar de um lado para o outro. A jogabilidade é bastante interessante, já que temos umas quantas ações ao nosso dispor para ultrapassar os obstáculos dispostos em níveis muito bem desenhados, com uma animação bastante agradável e som a condizer. Pareceu-me notar neste título algumas influências do célebre Super Meat Boy, mas a um nível inferior, não tão bem desenvolvido. Isto não quer dizer que o jogo seja mau, pelo contrário, pareceu-me bem divertido e penso que fará as delícias dos fãs de jogos de plataformas. Talvez 9,99 seja já a esticar um bocadinho a corda, mas também penso que baixar demasiado a bolinha seria injusto.

Classificação: 7/10

Para terminar, fica a dica indispensável: a página da Nintendo de Shuttlecock-H faz questão de destacar que os controlos são simples e podem ser jogados com uma mão, deixando a outra livre, de modo que se impõe a questão: vocês usam a direita ou a esquerda?