Ronda de Análises: Marchen Forest, Temtem, Windfolk, WRATH: Aeon of Ruin
Hoje trazemos mais uma ronda de análises a videojogos. Aqui, iremos apresentar entre três a cinco jogos, e pequenas análises sobre os mesmos. Os jogos desta vez serão Marchen Forest, Temtem, Windfolk e WRATH: Aeon of Ruin.
Marchen Forest (PlayStation 4, Nintendo Switch e PC)
Marchen Forest é um tipo de jogo a que já estamos habituados, mesmo que nunca tenha aparecido um do género aqui no website. É um JRPG que faz uma pequena fusão com um dungeon crawler. Mas, também não é muito mais do que isso.
A história que nos contam é a de Mylne, uma criatura que se assemelha humana, mesmo tendo umas orelhas que a fazem parecer uma raposa com traços humanos, que é boticária. Na sua missão tem que procurar ingredientes para os tornar em poções, num local chamado Floresta Misteriosa (ou seja, que tem um nome não indica o que é). No entanto, numa das suas aventuras, acaba por se envolver numa história de mistério, precisando de descobrir o que está enterrado no fundo da floresta.
Portanto, temos uma história que, à primeira vista, pode soar muito interessante, mas, quando a começamos a ver a fundo, rapidamente entendemos que se trata da história mais básica que poderia existir. Além disso, a jogabilidade pouco ajuda também, já que tem um sistema de combate retrogrado e que acaba por fazer com que ao fim de umas horas de jogo estejamos cansados do que estamos a fazer.
Com estas mecânicas más e uma história que, quando visto a fundo, é desinteressante, a única característica capaz de ajudar o jogo é mesmo os seus visuais, que tentam ao máximo ser o mais fofo possíveis, mesmo tendo uma natureza mais negra. Porém, no final do dia, acaba por ser um título a evitar a todo o custo.
Nota: 5/10
Temtem (Disponível no PC e PlayStation 5. Em breve na Nintendo Switch e Xbox Series)
Temtem é um daqueles casos de jogos independente que acaba por fazer barulho na comunidade pelas razões certas.
Desde que se ouviu pela primeira vez falar do jogo, que toda a gente apontava para a mesma coisa, a sua parecença com Pokémon. E a verdade, é que o próprio jogo acaba por não esconder essa inspiração.
Neste caso, temos os Temtem, que estão “presos” dentro de cartões digitais e que podemos também encontrar selvagens. Além disso, temos vários tipos e espécies que podemos encontrar ao longo do nosso caminho. Ah, e somos um rapaz ou uma rapariga que começamos a nossa aventura depois de um “Professor” nos oferecer o nosso primeiro Temtem.
Porém, tenho de admitir que os visuais são belos. Realmente, a equipa de desenvolvimento do jogo criou algo bastante belo de se ver. Confesso que gostaria de ver Pokémon assim, se a Game Freak se aplicasse.
Por fim, gostava de dizer que é um jogo online, mas que conseguimos jogar completamente sozinhos sem grandes problemas, servindo o online apenas para ser um grande mundo. Mesmo que ainda esteja em desenvolvimento e no modelo de “Regime Antecipado”, vale a pena espreitar esta curiosa proposta.
Windfolk (PlayStation 4)
Consideroo Windfolk um daqueles jogos que vai passar pelos olhos da maioria dos jogadores e, erroneamente, vão deixá-lo encostado num canto e esquecer-se por completo do mesmo.
Fruto do projeto PlayStation Talents, Windfolk é um jogo de tiros na terceira pessoa que tem como protagonista Esen, uma mulher que passou por várias experiências em laboratório e que a certa altura conseguiu escapar. Com a ajuda do seu fiel companheiro, Batrax, ela tem que lutar contra a Coallition.
É um jogo que mostra uma história simples, intuitiva, mas bem desenvolvida. Graficamente também acaba sendo interessante, especialmente porque mostra um gráfico bastante simplista, mas que, se observarmos ao detalhe, rapidamente vamos entender que se trata de todo um mundo detalhado. Todo esse mundo que exploramos ao longo dos níveis, podem ser vistos a pé, ou, enquanto estamos num jetpack que é o ponto principal da jogabilidade.
Por fim, gostava apenas de dizer que Windfolk foi uma surpresa. Um jogo impressionante, feito por uma equipa independente, mas que, com mais um pouco de trabalho, poderia ser um blockbuster. Não me admiraria se, daqui a algum tempo, o víssemos no PS+ e, aí, aconselharia todos a dar uma vista de olhos e a deliciarem-se com a experiência.
Nota: 7/10
WRATH: Aeon of Ruin (PC)
Chegamos finalmente ao último jogo desta ronda de análises, WRATH: Aeon of Ruin, que logo à partida vai deixar os jogadores com um sabor de nostalgia.
Sim, logo mal abrimos o jogo e começamos a disparar para todos os lados, entendemos que se trata de um jogo bastante similar a Doom e a Quake, clássicos do género. No entanto, acaba por ter uns pequenos toques de RPG pelo meio, o que torna ainda mais divertido jogar o mesmo.
Na história controlamos uma figura misteriosa chamada Outlander e que se vê num mundo que está completamente a morrer. Para o salvar, o Outlander tem que eliminar os Guardians of the Old World, que caíram num mundo de corrupção.
Neste mundo, ao contrário dos jogos mencionados anteriormente, temos três mundos para explorar e cada mundo tem 5 niveis, mostrando assim a longevidade do jogo. Pode parecer curto, mas, ao avançarmos no jogo, vamos reparar que com a dificuldade do mesmo este acaba por se tornar bastante logo.
Graficamente, trata-se de um jogo novo com um visual antigo. Vamos acabar por nos lembrar bastante de jogos como Doom e Wolfenstein, mas, com algumas melhorias bastante convidativas. É, definitivamente, um jogo para aqueles que gostavam de jogos de tiros das antigas e procuram um sentimento semelhante a algo que viveram anteriormente…mas com uma pitada de novo.
Nota: 8/10
Ficha Técnica
Marchen Forest
Desenvolvedor: Primary Orbit
Distribuidor: Clouded Leopard Entertainment
Temtem
Desenvolvedor: Crema
Distribuidor: Humble Games
Windfolk
Desenvolvedor: Fractal Fall
Distribuidor: GAMMERA NEST SL
WRATH: Aeon of Ruin
Desenvolvedor: KillPixel
Distribuidor: 3D Realms, 1C Entertainment
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.