Primeiras Impressões: The Perfect Pencil
Quando iniciei The Perfect Pencil, não sabia bem o que esperar, mas ainda bem que fiquei para ver.
Jogo: The Perfect Pencil
Plataformas: PC e consolas (em desenvolvimento)
Data de Lançamento: Primavera 2025
Desenvolvedor: Studio Cima
Editora: Studio Cima
Descrito como um jogo de plataformas de ação e aventura com toques psicológicos, prometia uma mistura de exploração, resolução de puzzles e uma experiência narrativa profunda. Desde o início, ficou claro que não se tratava de um jogo de plataformas comum. Em vez disso, parecia mais uma viagem pelo estranho e surreal território da mente.
The Perfect Pencil começa com um ar de mistério. Jogamos como John num mundo estranho, semelhante a um sonho que podia ser cá em Portugal como na Coreia 발로란트 커뮤니티, onde a realidade está em constante mudança. O design visual do jogo é imediatamente marcante — uma estética minimalista e desenhada à mão com uma pitada de surrealismo inquietante. A paleta de cores, dominada por tons neutros de preto, branco e cinzento, é interrompida por apontamentos de vermelho, azul e amarelo, criando uma sensação de tensão emocional. Os cenários são simples, mas profundamente atmosféricos, repletos de estruturas inquietantes que parecem fragmentos de memórias.
Logo desde o início, o jogo desafia a refletir. Não apenas sobre as mecânicas do jogo, mas sobre o estado emocional da nossa personagem. Os momentos iniciais apresentam diálogos enigmáticos, dirigidos tanto ao jogador quanto à personagem, o que define imediatamente o tom de uma viagem introspectiva. Sente-se uma sensação de desconforto a pairar — The Perfect Pencil parece menos preocupado em contar uma história linear e mais interessado em fazer-te sentir e refletir sobre temas complexos como a dúvida, o isolamento e o medo.
No que toca à jogabilidade, os elementos de plataforma são acessíveis, mas exigem precisão. Vais andar pelos cenários, mas esta não é uma experiência frenética e cheia de ação. O ritmo é, antes, metódico, com foco na movimentação cuidadosa e na resolução de puzzles. Encontrarás obstáculos que, à primeira vista, parecem simples, mas frequentemente escondem camadas de simbolismo. Isso reflete o foco do jogo nos desafios mentais, pois muitas vezes é necessário parar e pensar no próximo movimento. Os inimigos que enfrentas não são vilões típicos de videojogos; parecem mais manifestações dos demónios interiores da nossa personagem, figuras estranhas que assombram este mundo onírico.
Um dos aspetos mais intrigantes, desde cedo, é o uso do lápis. Mais do que apenas uma ferramenta de combate, o lápis torna-se um símbolo de criação e destruição. Podes usá-lo para desenhar soluções para puzzles, apagando ou desenhando pontes, paredes ou plataformas enquanto navegas pelo cenário.
O que mais se destaca em The Perfect Pencil é a forma como mistura as suas mecânicas com os temas narrativos. O jogo não te entrega as suas mensagens psicológicas de forma óbvia; em vez disso, conduz-te subtilmente à autorreflexão. Convida-te a questionar: “O que é real e o que faz parte da luta interna de John?” À medida que os ambientes se tornam mais abstratos, torna-se evidente que este mundo é tanto um reflexo do estado mental de John como um espaço físico.
Em termos de som, a banda sonora amplifica a atmosfera de maneira subtil, mas eficaz. A música oscila entre melodias melancólicas e sons dissonantes e tensos, mantendo-te em alerta enquanto te aventuras mais fundo no labirinto da mente. Complementa perfeitamente os visuais, sem nunca ofuscar a jogabilidade, mas mantendo sempre o ambiente inquietante e reflexivo.
Se há uma preocupação que possa apontar até agora, é se o ritmo lento do jogo conseguirá manter o seu impulso ao longo de toda a experiência. Embora o tom introspectivo e a construção de um mundo surreal sejam envolventes, alguns jogadores poderão achar o ritmo um pouco pausado demais. No entanto, para quem aprecia uma experiência mais cerebral, que desafie tanto emocional como intelectualmente, The Perfect Pencil parece estar no bom caminho.
Até agora, The Perfect Pencil parece ser uma viagem que vale a pena — mas prepara-te para enfrentar algumas sombras pelo caminho.
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.