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Phantom Brave: The Lost Hero – Regresso estratégico vencedo

Vinte anos após o lançamento do título original, Phantom Brave: The Lost Hero surge como uma sequela muito aguardada.

Phantom Brave: The Lost Hero    

Jogo: Phantom Brave: The Lost Hero
Disponível para: PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch
Versão testada: Nintendo Switch
Editora: NIS America

Phantom Brave: The Lost Hero

Embora Disgaea tenha conquistado o coração de muitos fãs por conta da sua jogabilidade excêntrica e histórias cativantes, a Nippon Ichi também criou outras experiências igualmente memoráveis no universo dos RPGs. Entre elas, Phantom Brave destacou-se com uma abordagem distinta à estratégia e uma narrativa envolvente, características que voltam a estar em destaque nesta sequela.

A história de Phantom Brave: The Lost Hero centra-se novamente em Marona, uma jovem conhecida como Chroma, dotada de uma habilidade única: a capacidade de interagir com fantasmas e conceder-lhes forma física. Este dom, que lhe permite criar aliados temporários a partir do mundo espiritual, serve como base para a narrativa e a jogabilidade do título. O enredo ganha profundidade a partir de um confronto inicial com a misteriosa Shipwreck Fleet, um grupo antagonista que causa grandes mudanças na vida de Marona. Após este embate, ela perde o seu amigo e guardião fantasma, Ash, o que a leva a unir-se a Apricot, uma pirata fantasma determinada e corajosa. Juntas, estas personagens embarcam numa jornada emocional repleta de desafios, enquanto lutam para salvar aqueles que amam e impedir os planos nefastos da frota inimiga.

Phantom Brave: The Lost Hero

Embora a narrativa comece de forma relativamente simples, incorporando vários elementos típicos de RPGs japoneses – como o confronto entre heróis improváveis e vilões misteriosos – a segunda metade do jogo surpreende pela profundidade emocional e pelo desenvolvimento do seu elenco

A nível de apresentação, Phantom Brave: The Lost Hero moderniza o aspeto visual do original, substituindo os tradicionais sprites 2D por modelos 3D. Esta transição traz consigo vantagens e desvantagens: por um lado, oferece uma estética mais atual; por outro, revela limitações em termos de fluidez nas animações, que podem parecer rígidas em alguns momentos. Além disso, a câmara pode ser problemática em certas situações, dificultando a visualização durante os combates. A repetição de cenários e encontros contra chefes também se torna evidente na segunda metade da campanha, o que pode prejudicar a sensação de frescura e variedade visual.

No entanto, a banda sonora é um dos aspetos que mantém o padrão de qualidade esperado de um título da Nippon Ichi Software. As faixas musicais são bem compostas, contribuindo para a atmosfera do jogo e enriquecendo os momentos chave da narrativa. As interpretações vocais de Risa Mei, Daman Mills e Anjali Kunapaneni destacam-se pela sua expressividade, embora algumas performances, como as de Sandy Fox e Lex Lang, apresentem variações de qualidade.

Phantom Brave: The Lost Hero

O maior trunfo de Phantom Brave: The Lost Hero reside, sem dúvida, na sua jogabilidade inovadora. A mecânica central de “confinar” fantasmas em objetos físicos continua a ser o pilar estratégico do jogo. Esta abordagem única permite que os jogadores transformem objetos do ambiente – como espadas, pedras ou até mesmo elementos insólitos, como peixes – em unidades temporárias no campo de batalha. A escolha do objeto afeta diretamente as estatísticas, habilidades e funções dos fantasmas no campo de batalha, adicionando um elemento de experiência e profundidade tática.

Outro aspeto distintivo da jogabilidade é a gestão do tempo limitado de cada fantasma no campo de batalha. Após determinado número de turnos, as unidades retornam ao plano espiritual, o que força os jogadores a planearem cuidadosamente as suas estratégias, equilibrando ataque e defesa.

Phantom Brave: The Lost Hero

Em suma, Phantom Brave: The Lost Hero é uma sequela que equilibra com mestria a preservação da essência do original e a introdução de novidades significativas.

Nota: 8/10

António Moura

Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.

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