Central Comics

Banda Desenhada, Cinema, Animação, TV, Videojogos

O Ídolo: a estreia nos cinemas do primeiro filme de Fernando Pessoa

O realizador Pedro Varela, conhecido por filmes como A Canção de Lisboa e séries como Os Filhos do Rock e Esperança, aceitou o desafio da Samsung para realizar O Ídolo, uma curta-metragem em que foi utilizado unicamente um modelo de telemóvel da multinacional sul-coreana. Depois de em Maio ter estreado nos pequenos ecrãs dos telemóveis ou computadores, é chegada a vez da estreia no grande ecrã das salas dos Cinema NOS.


A ambiciosa curta-metragem adapta para o ecrã o argumento da autoria de um dos maiores escritores de sempre, Fernando Pessoa.
Assim sendo, neste início de dezembro pode assistir gratuitamente à projecção d’ O Ídolo, a saber:
2 de dezembro: Amoreiras Shopping Center em Lisboa
3 de dezembro: Centro Comercial Colombo em Lisboa
4 e 5 de dezembro: Parque Nascente Shopping, no Grande Porto.
Apesar da entreada ser gratuita, necessita de bilhete. Os bilhetes estão disponíveis aqui.

Fernando Pessoa será mais conhecido pelos seus poemas, mas o escritor português também trabalhou na área da publicidade, foi crítico, correspondente comercial e até argumentista de cinema.

Apesar de ser uma das suas facetas menos conhecidas, Fernando Pessoa também escreveu para o cinema, no entanto, os seus filmes nunca foram produzidos… até agora!


No livro “Argumentos Para Filmes”, publicado em 2011 pela Ática, estão reunidos seis dos seus argumentos, como por exemplo “Note for a thriller, or film”, a partir do qual foi produzido O Ídolo. Nesses mesmos manuscritos, Fernando Pessoa deixou expressa a vontade de criar a produtora ECCE Film para produzir os seus próprios filmes. Para a produção do filme, foi recriada a ECCE Film, com um logótipo desenhado pelo próprio. O desejo do escritor de criar a ECCE Film é agora cumprido.


O enredo conta a história de um homem que vive em Nova Iorque e a quem é confiado um objecto de valor inestimável para entregar na Europa, um “ídolo” (estátua, figura, objeto a quem é prestado culto como a uma divindade).



A história passa-se no seu iate. A bordo seguem 18 convidados. No primeiro jantar, o homem revela a missão que lhes está destinada. Há 18 pacotes iguais, um para cada um deles, e dentro de um dos pacotes está o ídolo. Se o convidado cujo pacote contiver o ídolo conseguir entregá-lo ao destino, receberá um prémio de 100 mil dólares ou, em troca, poderá pedir ao nosso protagonista aquilo que quiser.
Seguem-se inúmeras aventuras, conspirações e vigarices. Até que o homem revela que o desejado objecto não está a bordo, todos os pacotes distribuídos estavam vazios.
O protagonista revela o que o motivou a enganá-los a todos: puro divertimento e uma curiosidade irresistível pela natureza humana, para saber qual deles seria menos honesto.
Na verdade, o homem tinha entregue o ídolo dias antes a alguém da sua total confiança, que o fez chegar ao seu destino: Southampton.



Quando me surgiu o desafio da Samsung e da Uzina para revisitar esta faceta praticamente desconhecida de Fernando Pessoa, não hesitei. Desde o primeiro minuto que senti o enorme privilégio e a responsabilidade de continuar uma ideia escrita há quase cem anos, por uma das nossas maiores referências culturais. Criar personagens e dar-lhes voz, esse é o lugar onde sou feliz, e aqui senti que partilhei esse momento com alguém que sempre foi uma gigante influência na minha vida. Fazer justiça ao que o Pessoa teria na sua intenção original foi o meu único objectivo. Foi esse o meu mergulho. Filmar através de um smartphone foi um desafio, mas não podia estar mais feliz com o resultado final”, afirma Pedro Varela, que escreveu e produziu a curta.

 

Envolto em mistério e anonimato, Albert Soares é o magnata e verdadeiro proprietário do Ídolo.
Mick Greer interpreta Bernard, o fiel secretário de Albert; Tiago Felizardo é Augusto Sotto, o bon vivant que recebeu a missão de trazer o Ídolo de Nova Iorque para Sintra; Ana Vilela Costa é  a esposa de Augusto Sotto, Emily Nogueira; O elenco inclui ainda João Gaspar, Chris Murphy, Miguel Cunha, Paula Magalhães, Soaraia Tavares, Miguel Freire, Soren Hellerup e Cátia Nunes.

Os 20 minutos de O Ídolo são o resultado de seis dias de produção, entre Viana do Castelo, Serra de Sintra e Lisboa.
O Ídolo foi totalmente rodado com o novo Samsung Galaxy S21 Ultra 5G.
A curta-metragem conta ainda com produção da Blanche Filmes e o apoio da agência Uzina.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Verified by MonsterInsights