Novela Gráfica vol. 2 – O Jogo da Morte

A Levoir e o jornal Público apresentam dois autores inéditos em Portugal, Pepe Gálvez e Guillem Escriche, com a obra “O Jogo da Morte”, o segundo volume da coleção Novela Gráfica, que foi lançado no dia 19 de julho.

Sobre Pepe Gálvez e Guillem Escriche

Pepe Gálvez tem uma vasta experiência como crítico e argumentista de banda desenhada, com publicações em diversas revistas, tanto generalistas quanto especializadas. Ao longo da sua carreira, escreveu vários ensaios e colaborou em diversos livros coletivos.

Guillem Escriche, licenciado em História da Arte pela Universidade de Barcelona, é desenhador de videojogos e storyboards, diretor de arte e autor de banda desenhada para diversas publicações.

O Jogo da Morte: Uma História de Heroísmo

A novela gráfica começa com um prólogo do ex-futebolista argentino Mario Alberto Kempes, uma figura icónica que levou a seleção argentina ao título mundial em 1978. O livro inclui ainda dois textos introdutórios de Pablo Herranz: o primeiro aborda as versões cinematográficas do tema e o segundo foca-se na Operação Barbarossa.

“O Jogo da Morte” relata uma história verídica de coragem frente à barbárie. No dia 9 de agosto de 1942, em Kiev, disputou-se uma partida de futebol que abalou o moral dos ocupantes nazis. Embora fosse uma partida de 11 contra 11, as circunstâncias entre as equipas eram extremamente diferentes.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o FC Start, uma equipa ucraniana, enfrentou várias equipas compostas por membros dos exércitos alemão, húngaro e romeno, que ocupavam o território durante a Operação Barbarossa. Mesmo diante das adversidades, os jogadores, provenientes do Dínamo de Kiev e do Lokomotiv, conseguiram vitórias que foram vistas pela população local como pequenos triunfos morais contra o exército invasor.

Estas vitórias incomodavam a propaganda nazi, que promovia a suposta superioridade da raça ariana. Com a intenção de esmagar a moral da população, os nazis organizaram um jogo contra uma equipa da Luftwaffe, que já havia sido derrotada pelo FC Start. Para assegurar a vitória alemã, um árbitro das SS foi nomeado. Os jogadores ucranianos foram alertados sobre os perigos de vencerem a partida. Este jogo entrou para a história como “O Jogo da Morte”, devido às terríveis consequências que os jogadores ucranianos enfrentaram.

A luta pela dignidade é a última coisa que resta aos oprimidos, transformando pessoas comuns em heróis extraordinários, mesmo sabendo que estão condenados a um destino terrível por defenderem os seus princípios.