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“Não Apaguem os Nossos Rastos”: Grange e Tardi em documentário

Estreia hoje, 12 de Maio, no Cinema City Alvalade o novo filme documentário do realizador português Pedro Fidalgo NÃO APAGUEM OS NOSSOS RASTOS! DOMINIQUE GRANGE, UMA CANTORA DE PROTESTO.


Depois de MUDAR DE VIDA, JOSÉ MÁRIO BRANCO, VIDA E OBRA (2014), co-realizado com Nelson Guerreiro, Pedro Fidalgo continua a filmar a História através da canção de protesto.
O realizador escolheu desta vez Dominique Grange, também ela cantora de intervenção, porque as suas canções transportam, ainda nos dias de hoje, os rastos do Maio de ‘68.
O filme conta com a participação do consagrado autor de banda desenhada Jacques Tardi, que ilustra e dá voz ao filme.



Jacques Tardi é conhecido em Portugal com obras como “Foi assim a guerra das trincheiras” e “Aqui Mesmo” (Levoir), “As Aventuras Extraordinária de Adèle Blanc-Sec” (Bertrand e Asa), “Nestor Burma” (Gradiva), entre muitos outros. 
O documentário tem paralelismos com a banda desenhada, sendo encontrada ligação com a publicação de 2013 do consagrado Tardi.

Capa de “1968-2008… n’effacez pas nos traces !”, o booklet do disco de Dominique Grange com ilustração de Jacques Tardi

“Sempre que os atentados aos direitos dos trabalhadores, o terrorismo de Estado ou racismo se tentaram impor pela força, nós estávamos lá, e a resposta do poder foi sempre a mesma: uma repressão selvagem, granadas de gás lacrimogénio, balas de borracha, jatos de gás nos olhos, espancamentos, uso de canhões de água. Mas não importa. Contra todas as provocações, estados de emergência e tudo o resto que possam inventar para nos colocar em prisão domiciliar ou proibir de andar na rua, nós estaremos lá!” TARDI


Inserido na atualidade, NÃO APAGUEM OS NOSSOS RASTOS! DOMINIQUE GRANGE, UMA CANTORA DE PROTESTO debruça-se também sobre as recentes lutas e protestos em França, uma vez que Dominique Grange define o seu trabalho como um “compromisso perpétuo”. E com estas imagens atuais, entrecruzam e misturam-se as imagens de arquivo e canções de Dominique Grange, com desenhos de Tardi.
O slogan de 1968 “Isto é só o início, continuemos a luta!” reverbera tanto nela como em todos nós. E foi neste estado de espírito que Pedro Fidalgo filmou e acompanhou o movimento social em França dos últimos anos. O filme realça as lutas do passado e recheia-as com o real do presente.

“Para mim, a música é uma arma, ainda por cima eficaz, porque podemos escondê-la. Não se vê. Por isso, pode ir a qualquer lado, entrar nas fábricas, nas prisões, pode atravessar fronteiras. É algo que todos podem agarrar. É uma arma universal.” DOMINIQUE GRANGE


Um filme para ver e ouvir com espírito livre, NÃO APAGUEM OS NOSSOS RASTOS! DOMINIQUE GRANGE, UMA CANTORA DE PROTESTO é uma obra militante e ao mesmo tempo um documentário cinematográfico, filmado e produzido através de crowdfunding, tendo tido a honra de ter nomes tão importantes como Jean-Luc Godard na lista de contribuições.



Para assinalar a estreia, estão anunciadas duas sessões especiais, nos dias 12 e 13 de Maio, com convidados e debate:
12 de Maio – quinta-feira – 19H20 – CINEMA CITY ALVALADE
Sessão especial com debate: Filmar a canção de protesto.
Com a presença do realizador Pedro Fidalgo e de Nelson Guerreiro, co-realizador de Mudar De Vida, José Mário Branco, Vida E Obra (2014).
 
13 de Maio – sexta-feira – 19H20 – CINEMA CITY ALVALADE
Sessão especial com debate: A influência do Maio de 68 na canção de protesto em Portugal.
Com a presença do realizador Pedro Fidalgo e com Hugo Castro e Ricardo Andrade, membros do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança e do Observatório da Canção de Protesto.

Para além destas sessões especiais, o filme ficará em exibição no Cinema City Alvalade, em regime de exclusividade nacional, de 12 a 25 de Maio.


 

 

 

 

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