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Cinema: MOTELx 2018 – Curtas Internacionais (Parte III)

Já falámos de 10 curtas internacionais seleccionadas para exibição no MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa. Eis que destacamos mais 5 curtas que não podem perder!

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Lunch Ladies, de JM Logan 

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Os refeitórios escolares nunca serão os mesmos.

Quando duas cozinheiras dum refeitório numa escola norte-americana recebem uma carta de Johnny Depp, a dizer que ganharam o grande prémio de o conhecerem pessoalmente, elas irão fazer tudo para lá chegarem, já que a viagem não está incluída.

Mas pelos vistos, não parecem ser nada de especial como cozinheiras, até metendo medo ao próprio Gordon Ramsey. O que se segue é uma solução extraordinária, quando uma aluna é morta por uma das senhoras.

Estreante no argumento e produção, Clarissa Jacobson traz J.M. Logan à realização dum filme que toma o seu tempo a mostrar os detalhes mais mórbidos do plano que levará as mulheres a conhecerem o seu ídolo. Nunca vi um poster de Don Juan DeMarco a servir tanto de inspiração como neste filme. Ou de todo.

Nota Final: 8/10

Milk, de Santiago Menghini

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Daniel é um rapaz que, a meio da noite, comete o erro de ir à cozinha beber um copo de leite.

Enquanto está na cozinha, Daniel não se apercebe que a sua mãe ainda está acordada, mas passa-se algo de muito estranho naquela casa. É quando o rapaz ouve a voz da sua mãe noutra divisão da casa que as coisas se tornam tensas.

É com essa tensão que o premiado escritor e realizador canadiano Santiago Menghini joga com as emoções do seu público, de forma forte e sucinta, com uma boa dose de surrealismo pelo meio.

Certamente, não haverão muitos filmes de deixar o espectador boquiaberto.

Nota Final: 8/10

More, de Ben Meinhardt

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Bastam 40 segundos para Ben Meinhardt criar uma curta que atinge os pontos certos de cómico e grotesco, com um burro que dá puns que se transformam em balões.

Dizer mais que isto sobre um filme de tão curta duração, seria estragar a surpresa, mas prova que apenas se precisa de alguma imaginação para se contar uma boa história.

Nota Final: 7/10

Netflix and Chill, de Michael Middelkoop

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Numa era em que os engates são feitos a partir de memes e aplicações, um encontro de Netflix and chill tem um significado que muito demonstra o poder do serviço de subscrição.

Por isso não é surpresa nenhuma quando um rapaz, ao receber uma mensagem da rapariga que gostava a convidá-lo para um Netflix and chill (emojis incluídos), este aceita sem pensar duas vezes.

O que ele não sabe é que ela tem outros planos em mente e não são aqueles que vocês estão a pensar.

Michael Middelkoop faz um brilhante trabalho como escritor e realizador desta curta, que nuns meros 7 minutos, resume a vida quotidiana do que é namorar na geração Netflix.

Nota Final: 8/10

Psycho Kino, de Guillem Dols

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O género de snuff film sempre foi um tópico mais… sensível para quem aprecia o cinema, visto que a linha entre o real e a ficção é demasiado fina.

É com essa premissa que dois homens encapuçados querem fazer um snuff film, mas as coisas não correm lá muito bem. Um sente remorsos, enquanto o outro acha que a narrativa é demasiado superficial.

O que vale é que a vítima é o único que parece compreender a situação e está de bom humor.

O género de filme é visto aqui como algo digno das capacidades artísticas, ao qual também vemos um exemplo doutro “cineasta” que mostra uma produção cuidada e com um pouco mais de história.

No fim, temos uma curta repleta de humor, que nos faz rir das circunstâncias que, não fossem filme, seriam muito mais violentas; onde também o verdadeiro valor da amizade é demonstrado.

Nota Final: 7/10

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