Monstra: o cinema de animação regressa a Lisboa
Até 17 de março, vários espaços da cidade de Lisboa recebem a 23ª edição da MONSTRA, Festival de Animação de Lisboa.
Este ano a Monstra exibe quase 400 filmes, 27 em estreia mundial, entre os quais se destacam alguns portugueses, como “A menina com os olhos ocupados“, de André Carrilho, “Eduardo, Walter e Leonidov”, de Miguel Pires de Matos e a série “Diário de Alice“, de Diogo Viegas, com produção da Sardinha em Lata, que estreará na RTP ainda em março.
O tema deste ano é a liberdade de expressão, em homenagem aos 50 anos do 25 de Abril, e haverá algumas sessões dedicadas ao tema e a estreias de “A revolução”, um filme coletivo que resultou de um desafio lançado a várias escolas de animação de todo o mundo, para mostrarem o que significa para eles a revolução e de “Esta é a nossa História” da autoria de um coletivo de jovens de Almada.
O país convidado é a Irlanda, que contará com 70 filmes em cartaz e a presença do realizador Tomm Moore, 3 vezes nomeado para os Óscares e que virá ao Festival dar uma masterclass. Moore é também o autor dos cartazes deste ano da Monstra e da Monstrinha.
Em competição estarão 212 curtas e 14 longas. Na competição internacional destaca-se “Mataram o pianista”, de Fernando Trueba e Javier Mariscal com coprodução da Animanostra. Este documentário animado inspira-se na história real do desaparecimento de um artista de Bossa Nova.
Portugal também está representado na competição de curtas com “Telsche” de Sophie Colfer e Ala Nunu, coproduzida pela Cola Animation e que esteve na competição do Festival de Annecy, em 2023, “Motus”, de Nelson Fernandes ou “Sopa Fria”, de Marta Monteiro.
Na competição de curtas-metragens portuguesas, estão 11 filmes, de realizadores como Sara Naves, André Ruivo, Nuno Amorim, Maria Hespanhol e Bruno Carnide.
Além das competições, há exposições, masterclasses, talks, sessões especiais com vários géneros de animação desde a erótica ao terror.
E há ainda a Monstrinha, descrita pelo director do Festival, Fernando Galrito, como “a menina dos nossos olhos” e que já arrancou nas escolas com uma programação abrangente para bebés, crianças e jovens.
Desde 15 de janeiro que o Museu da Marioneta disponibiliza uma das exposições programadas intitulada “Três Famílias”, que revela os bastidores de três longas-metragens que abordam a temática familiar: “Interdito a Cães e Italianos”, de Alain Ughetto, “O Retrato de Família”, de Lea Vidakovic, e “A cada dia que passa…”, de Emanuel Nevado.
Programa completo no site do evento.
Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.