Os melhores e os piores jogos de 2023 pelo Central Comics
A redação do Central Comics juntou-se para falar sobre os melhores e os piores videojogos que testou em 2023. Este foi o veredicto.
Um ano para recordar… e esquecer!
De pés bem assentes em 2024, a equipa do Central Comics dedicada à indústria dos videojogos decidiu juntar-se para falar sobre o que mais e menos gostou de jogar em 2023. Entre surpresas, desilusões e expetativas cumpridas, deixamos abaixo as experiências que mais marcaram o ano de cada redator na maior indústria de entretenimento do mundo.
O melhor para André Fachada
Não diria que 2023 tenha sido o melhor ano de sempre na indústria dos videojogos (pelo menos, em termos de qualidade), mas tive o privilégio de experimentar alguns títulos de excelência, alguns dos quais chegaram até a «roubar-me» várias horas após a publicação das minhas análises.
Posto isto, não preciso de pensar muito para me lembrar de alguns nomes de referência obrigatória, desde a profundidade e qualidade do elenco de vozes de Warhammer 4000: Rogue Trader, passando pelo humor de Definitely Not Fried Chicken e pela agradável surpresa da Highrise City, até à harmonia de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom.
O mesmo não posso dizer no que toca a escolher o melhor dos melhores, tendo escrito e apagado dois ou três nomes várias vezes até me ficar por… The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom! Mesmo tendo em conta que este é um AAA com clara vantagem financeira sobre os outros em termos de desenvolvimento e que não escondo minimamente a minha preferência pelo PC sobre as consolas, não penso que estaria a ser sincero se não referisse este título para a Nintendo Switch como o melhor de 2023. Os meus parabéns à equipa de desenvolvimento e um sincero obrigado à Nintendo por lançar um AAA de extrema qualidade — algo raro nos dias que correm.
O pior para André Fachada
Então vamos lá ver por onde começar… Bem, parece-me adequado mencionar que nem sempre é um prazer jogar videojogos e que me vem um sabor amargo à boca quando penso nas horas que perdi na terrível tragédia de Wild West Dynasty, no caos descontrolado de Arms Race 2 e na profunda desilusão de Farworld Pioneers.
Embora estivesse à espera de muito mais de Farworld Pioneers pelo hype e pela equipa por detrás do jogo, e considerando que Arms Race 2 é um projeto que não pretende ser a última bolacha do pacote, a minha escolha recai indubitavelmente sobre Wild West Dynasty — que desastre! Sou e continuo a ser um fã do franchise Dynasty, mas a Topliz deu um tiro no pé com este título. Resta-me a consolação de saber que não nos ficamos por aqui, e que a distribuidora já anunciou Vampire Dynasty, pelo qual mete as mãos no fogo em relação à qualidade que podemos esperar.
Venha 2024!
O melhor para António Moura
Ao contrário do André Fachada, a minha visão perante o ano de 2023 em termos de videojogos é completamente diferente. Considero que foi um ano impressionante para a indústria, onde tivemos nomes como Atelier Ryza 3, Super Mario Bros. Wonder, Marvel’s Spider-Man 2 e os muito falados Baldur’s Gate 3 e Alan Wake 2.
No entanto, mesmo que queira dar o galardão ao The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, esse vai ser o lugar honorário do meu lado, pois vou falar-vos de um dos jogos que mais me diverti a jogar este ano: o remake de Resident Evil 4.
Voltar à ilha espanhola, conviver com Granados e lembrar o quão maçadora consegue ser a Ashley grande parte do tempo. Se em 2005, Resident Evil 4 foi o melhor jogo do ano, desta vez não o consegue, mas, ao mesmo tempo mostra que foi um dos grandes candidatos a esse galardão, sendo apenas igual a si mesmo. Devo também dar destaque ao regresso da expansão de Ada Wong, Separate Ways, que voltou a puxar-me para o jogo meses depois do seu lançamento e a aproveitar esta aventura como se fosse a primeira vez.
O pior para António Moura
Do lado oposto, tivemos vários candidatos que poderiam ser considerados o pior jogo do ano (e até um jogo de uns homenzinhos azuis que me deixou demasiado desapontado). Porém, tenho de dar este título a Soviet Project. Sem me querer alongar muito, trata-se de um jogo aborrecido, que tenta meter medo e investir no terror, de uma forma miserável. Além disso, é uma péssima ideia tentar trazer jogos de telemóvel para a Nintendo Switch, enquanto tentamos manter a arquitetura, levando a que seja um jogo quase impossível de se ver.
O melhor para Ricardo Du Toit
Na verdade é um bocadinho batota escolher Turbo Overkill como o favorito de 2023, considerando que foi possível acompanhar o seu desenvolvimento desde do seu lançamento em Acesso Antecipado em Abril de 2022. Com os restantes episódios a serem lançados ao longo dos meses, culminando no lançamento da versão 1.0 do jogo em Agosto deste ano, a experiência completa é tão satisfatória, que perante os muitos boomer-shooters no panorama, este é que oferece o maior sorriso na cara, com muitas horas de acção, sangue e efeitos futuristas non-stop.
O pior para Ricardo Du Toit
Por norma os piores acabam por ser completamente esquecidos, não valendo a pena estarem em mente muito depois de passarem pelas mãos. No entanto, e após rever algumas das análises feitas durante o ano, lembrei-me da existência de Hammer of Virtue, um jogo que mesmo após novas tentativas de avançar no jogo, meses após a publicação da análises, o mesmo continua num estado assustador. Nem todos podem ser bons, ou divertidos. Mas têm que, sem dúvida, cumprir o seu propósito de entretenimento, o que não é o caso.
O Melhor para Hugo Jesus
Apesar de este ano ter jogado poucos jogos novos, aliás muitos poucos jogos comparando com os meus colegas, não quis de deixar de participar aqui neste desafio que é eleger os melhores e piores do ano. Claro está, só vou falar naqueles que tive o prazer (nem sempre) de testar, por isso aqui vai.
Queria deixar as menções honrosas a Agatha Christie – Murder on the Orient Express que, nao tendo (ainda) vontade de ter chegando ao fim e resolver o mistério, não deixa de ter o seu charme dentro do orçamento que teve, e também ao brawler Asterix & Obelix Slap Them All! 2, que apesar de me ter desiludido, a costela de bedéfilo e fã das personagens criadas por Goscinny e Uderzo, acaba por influenciar o nosso discernimento.
Mas o jogo que me deu mais prazer foi Gylt (para a Playstation), e que não o larguei, dia sim, dia sim, até o terminar, mas este não é bem de 2023. Apesar de ter saído para as consolas no ano passado, ele é um jogo originalmente de PC e de 2019.
Nesse sentido, “sobra” Operation Wolf Returns: First Mission um simples mas eficaz rail shooter super divertido que me fez recuar muitos anos, até aos tempos que estes jogos eram super populares nos salões de jogos e que a nós, jogadores da velha guarda, nos fazia gastar muitas moedas.
E parabéns à Microids por ter colocado 3 jogos no meu top 4 do ano (Só Gylt é que não é).
O Pior para Hugo Jesus
Aqui não me consigo decidir entre dois (ambos distribuídos pela “nossa amiga” EastasiaSoft), por isso ficam ambos em pé de igualdade. É tudo muito mau, mas o que os faz diferenciar de outros jogos fracos que testei, é a sua péssima jogabilidade e controlo da nossa personagem. Nem vale a pena dizer mais palavras por isso fiquem aqui com os meus dois gameplays. Divirtem-se:
Neko Journey:
Pretty Girls Breakers!:
Apaguei estes jogos mal gravei os gameplays, mas gostava de saber se é possível mesmo apagar da biblioteca de jogos, é que só os de ver lá até me faz comichões…
Então e aquele coiso e tal?
Estas são as nossas escolhas. Concordam, ou nem por isso? Que mudariam? O que falta aqui e o que está a mais?
Dizem que os gostos não se discutem — e nós discordamos totalmente desta afirmação! Comentem e contribuam com os vossos dois tostões, que nós vamos buscar os baldes de pipocas para assistir ao banho de sangue patrocinado pela subjetividade das opiniões pessoais!
Gamer inveterado que não dispensa uma boa série e nunca diz ‘não’ a uma sessão de cinema… Com pipocas, se faz favor!