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Jogos: Análises – Krut, Voyage e Remote Life 

Em análise 3 jogos bem distintos: Análises – Krut: The Mythic Wings, Voyage e Remote Life. São propostas bem diferentes tanto no estilo como na qualidade.

Krut: The Mythic Wings

Krut: The Mythic Wings, é um jogo de plataformas hack-and-slash de acção com vista lateral baseado no folclore do sudeste asiático e no filme de animação tailandês “Krut: The Himmaphan Warriors” de 2018. 

Eu gosto bastante deste género de jogos e quando nos chegou o primeiro comunicado de imprensa, onde junto com algumas imagens vinha o GIF animado que mostro aqui em baixo, disse logo que queria experimentar. Os visuais eram incríveis e tinha tudo para ser um grande jogo.

Infelizmente o meu entusiasmo foi-se logo abaixo nos primeiros minutos de jogo. Deu para comprovar que os visuais no gameplay são muito bonitos… mas… é só isso. 

Para já tem intermináveis cutscenes super-aborrecidas, de imagem parada com diálogos a aparecer em baixo, para dar contexto à história. Mas é demais. São mesmo longas, como podem confirmar no vídeo de gameplay que mostro mais em baixo. E quando o jogo começa o aborrecimento não desaparece.

A jogabilidade é péssima. A nossa personagem fica superpresa de movimentos o que é bastante irritante. Depois aparece aqui um inimigo, depois aparece outro, e cada um mais ruim de eliminar do que o outro. É preciso dar um sem número de golpes para o matar – mesmo no modo mais fácil (de três à escolha).

Aliás, as lutas quase que parece mais de um jogo por turnos do que um jogo de acção.

Outra situação que não faz sentido é a questão de podermos avançar sem parar, passando por inimigos sem que eles nos atingem, e chegar ao final do nível apenas em correria.

É um jogo mesmo muito aborrecido e que não me admira ter logo entrado em promoção pouco tempo depois.

Krut: The Mythic Wings chega-nos da editora Blowfish Studios, dos desenvolvedores GoodJob Multimedia e Pixel Perfex e do produtor RSU Horizon para a PlayStation 5, Xbox Series X|S, PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, bem como PC e Mac via Steam, além da Mac App Store.

Classificação: Dou 5/10 (que é o preço que esta neste momento: 5€)

Voyage

Vindos da malta da Ratalaika Games, juntamento com a Venturous, chega-nos a aventura relaxante Voyage, um jogo também ele em vista lateral, mas de mecânica totalmente diferente.

É uma espécie de jogo casual, bem calmo e que podemos jogar enquanto bebericamos um bom Gin ou uma Aguardente Velha (se fores maior de idade, claro).

Leva o minimalismo ao extremo. Basicamente não tem texto e todas as instruções são nos dadas por imagens. A aventura arranca sem sabermos muito bem o que fazer. Não há introdução e muito menos tutorial. No entanto, rapidamente percebemos que temos de juntar 3 rochas e manipular uma pedra cintilantes para começar a primeira fase.

O jogo é feito para ser co-op para dois jogadores (local), mas que pode ser perfeitamente jogado por uma pessoa apenas pois a qualquer altura podemos trocar de personagem, ou ordenar para parar ou para nos seguir, com um simples premir de um botão.

Ao longo da jornada temos de passar por vários obstáculos que nos impede na progressão.

Visualmente é muito bonito. Temos um estilo cinematográfico e desenhado à mão, propositadamente com poucos frames por segundo (calma, não estraga a jogabilidade), o que nos remete ao cinema europeu de animação. A banda sonora complementa a envolvência e faz o casamento perfeito com o resto. Para os mais velhos parece que estamos a ver uma daquelas boas curtas-metragens de animação que o Vasco Granjo nos mostrava na RTP.

Os únicos senãos é o facto de ser pouco desafiador, os puzzles são muito fáceis de resolver, e o jogo tem um tempo de vida muito curto. Bastam pouco mais de 2 horas para chegar ao fim. Gostaria de dar uma classificação maior, mas estes dois factores são preponderantes.

Voyager teve o lançamento a 12 de agosto para PlayStation 4, PlayStation 5, Microsoft Xbox One, Xbox Series X/S e Nintendo Switch, ao preço de € 14,99.

Classificação: 7/10

Remote Life

E para terminar, mais um jogo da Retalaika Games e avanço já que é um óptimo título para os amantes de shoot’em ups! 

Remote Life, desenvolvido por apenas uma pessoa, é inspirado nos SHMUP que povoaram a minha infância e que adoro, e foi uma excelente adição à minha colecção de jogos. Nos últimos 2 anos joguei mais de 15 shoot’em ups, e a maior parte deles foram uma valente desilusão, por isso quando peguei neste as minhas expectativas eram baixas. 

Agora posso dizer que estou bem satisfeito com ele e que é um “jogaço”, mas quando o recebi, alguns dias antes do seu lançamento, fiquei muito apreensivo. O jogo tinha vários problemas sonoros, telas de carregamento demasiado lentas e era normal crashar quando se terminava uma partida e tínhamos de voltar para o menu inicial. Felizmente teve vários updates até ao seu lançamento e todos os problemas técnicos ficaram resolvidos. 

A funcionar correctamente, Remote Life tem uma grande jogabilidade assim como algumas características que todas juntas o tornam único, pois nunca tinha visto em jogos do género. Por exemplo além de controlar a nossa nave termos de controlar a direção dos nossos canhões, ou o facto de podermos acumular várias armas (power ups). Aqui temos de ter em atenção duas coisas: cada arma tem a sua característica e devemos escolher qual a mais indicada para cada situação; a outra tem que ver com o controlo do stock das munições, visto que elas não são infinitas.

Por fim dou mais um ponto positivo por ser também variado, pois podemos entrar em máquinas maiores (estilo exoesqueletos), ou ainda passar por fases labirínticas para completar missões onde por vezes não disparar como um louco é o melhor opção a fazer.

No final temos um jogo muito desafiante, por vezes frustrante, mas que me agradou bastante.

Está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Microsoft Xbox One, Xbox Series X/S e Nintendo Switch por €17.99.

Classificação: 8/10

Todos os jogos foram testar na Playstation 4.

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