Central Comics

Banda Desenhada, Cinema, Animação, TV, Videojogos

Jogos: Zero the Kamikaze Squirrel – Análise

Zero the Kamikaze Squirrel regressa com novos recursos e uma nova vida.

     Zero the Kamikaze Squirrel

Jogo: Zero the Kamikaze Squirrel
Disponível para: Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series
Plataforma testada: Nintendo Switch
Estúdio: LLC Shinyuden e SUNSOFT
Editora: Ratalaika Games S.L.

 Zero the Kamikaze Squirrel

Em 1994, Zero the Kamikaze Squirrel estreou na SNES e Sega Genesis como um spin-off de Aero the Acro-Bat, outro clássico de culto da era dos 16 bits. Zero, o antigo antagonista de Aero que se tornou anti-herói, ganhou o seu próprio jogo, protagonizado por um estiloso esquilo ninja que enfrenta a destruição ambiental e a ganância corporativa.

A história de Zero the Kamikaze Squirrel é tão bizarra quanto o título sugere. Zero, um esquilo ninja mestre, embarca numa missão para salvar a sua ilha de Jacques Le Sheets, um magnata madeireiro diabólico determinado a desflorestar a casa de Zero para produzir papel. A trama, embora simples, é uma divertida sátira a temas ambientais, o que se sente ao mesmo tempo relevante e deliciosamente excêntrico. Pelo caminho, Zero enfrenta capangas lenhadores, mechs e bosses ainda mais malucos, cada um desenhado com o mesmo estilo inspirado em banda desenhada dos anos 90. Embora não seja a narrativa mais profunda, oferece charme e humor o suficiente para te manter envolvido.

 Zero the Kamikaze Squirrel

Na verdade, Zero é um jogo de plataformas 2D tradicional, mas com várias características que o diferenciam de outros jogos da época. As acrobacias e artes marciais de Zero dão-lhe um conjunto de habilidades único. Ele pode mergulhar em ataques aéreos, planar pelo ar com a sua capa de ninja e realizar ataques a meio do salto, o que adiciona profundidade à jogabilidade. A reedição manteve-se fiel à mecânica original, mas aperfeiçoou ligeiramente os controlos para se adequar aos comandos modernos, tornando a experiência geral mais fluida.

O design dos níveis é variado, com uma mistura de secções rápidas e áreas mais metódicas e desafiantes. Há uma sensação recompensadora de velocidade e precisão necessária para navegar por entre inimigos, armadilhas e perigos ambientais. A verticalidade de alguns estágios é particularmente impressionante, exigindo que os jogadores utilizem totalmente as habilidades aéreas de Zero para explorar áreas secretas.

Dito isto, o jogo não está isento de desafios. A curva de dificuldade aumenta drasticamente nas fases finais, e a precisão exigida em algumas secções de plataformas pode levar a momentos de frustração. Felizmente, a reedição introduziu novos recursos de acessibilidade, como estados de gravação e uma função de retroceder, que ajudam a mitigar a dificuldade punitiva do original. Estas adições são uma mudança bem-vinda, tornando o jogo mais acessível a novos jogadores sem diluir o desafio para os veteranos.

 Zero the Kamikaze Squirrel

Uma das características mais destacadas de Zero the Kamikaze Squirrel sempre foi a sua vibrante e detalhada arte pixelizada. O jogo original levou o hardware da SNES e Genesis aos seus limites, com ambientes ricos e animados e animações fluidas que davam vida ao mundo de Zero. A reedição de 2024 melhora cuidadosamente estes visuais, oferecendo gráficos aprimorados que mantêm o charme nostálgico do original, enquanto suavizam alguns dos pontos mais grosseiros para ecrãs de alta-definição.

A banda sonora original, composta por Rick Fox, era uma mistura funky de músicas animadas e faixas atmosféricas que combinavam perfeitamente com a vibe eclética do jogo. A música continua a mesma e mantém de certa forma o mesmo ritmo, tornando-se assim um deleite ouvir.

Além dos já mencionados estados de gravação e função de retroceder, a reedição de Zero the Kamikaze Squirrel vem recheada com algumas atualizações modernas que elevam a experiência, como entrevistas à equipa de desenvolvedores.

 Zero the Kamikaze Squirrel

Numa época em que muitos jogos antigos estão a ser refeitos ou remasterizados, Zero the Kamikaze Squirrel é um lembrete bem-vindo de que nem todos os clássicos precisam de ser grandes sucessos para merecer uma nova vida. A reedição de 2024 traz o suficiente de polimento moderno para manter o jogo fresco, enquanto preserva o charme excêntrico e a jogabilidade precisa que o destacaram inicialmente.

Nota: 7/10

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Verified by MonsterInsights