Jogos: Xuan-Yuan Sword: The Gate of Firmament -Análise
Xuan-Yuan Sword: The Gate of Firmament chega agora à PS5, trazendo consigo um pedaço da história dos videojogos desde o seu lançamento original na Xbox One e no PC, há seis anos.
Jogo: Xuan-Yuan Sword: The Gate of Firmament
Disponível para: PC, Xbox One, PlayStation 5
Versão testada: PlayStation 5
Editora: eastasiasoft
Confesso que fiquei curioso quando vi este jogo pela primeira vez e estava desejoso de o testar, mas, acabei por me desiludir um pouco. Apesar de oferecer aos jogadores uma perspetiva fascinante sobre a história e filosofia chinesas, esta versão luta contra mecânicas desatualizadas, problemas técnicos e uma localização abaixo do esperado.
Uma das melhores características do jogo é a sua história. Situada na Dinastia Shang, narra a jornada de Sikong Yu, que começa a proteger a sua aldeia mas rapidamente se vê envolvido numa aventura épica repleta de batalhas celestiais e o Mandato do Céu. Os elementos culturais são uma agradável mudança para quem está habituado à narrativa dos RPGs japoneses. Inspirando-se profundamente na cultura chinesa, nos temas espirituais e na história, o jogo distingue-se dos demais.
Inicialmente, o combate pode parecer simples e desajeitado, mas à medida que se juntam mais personagens ao grupo, as batalhas tornam-se mais interessantes e envolventes. Os jogadores precisam alternar entre personagens para realizar combos impressionantes e usar habilidades especiais. Aqi, um adorável companheiro em forma de porco que consegue capturar e invocar monstros, dá um toque encantador ao sistema de combate. Embora o combate possa ser agradável, o ritmo do jogo nem sempre é consistente, com certos inimigos a interromperem as batalhas de formas frustrantes.
Visualmente, o jogo é impressionante, exibindo designs detalhados de personagens e ambientes deslumbrantes que refletem a beleza da China mítica. Contudo, os aspetos técnicos deixam a desejar. As animações das personagens podem ser rígidas, as texturas apresentam baixa resolução e as personagens secundárias muitas vezes têm designs genéricos e sem animações. O design linear dos níveis é uma mudança agradável para quem está cansado de mundos abertos gigantescos. No entanto, os problemas técnicos — como o screen tearing frequente e taxas de fotogramas instáveis — prejudicam a experiência.
Um ponto negativo importante é a localização. A tradução para inglês contém muitos erros gramaticais, frases desajeitadas e diálogos pouco naturais, o que afeta bastante a história. Isto dificulta a ligação emocional com as personagens. Considerando que a EastAsiaSoft já realizou localizações melhores em títulos anteriores da franquia, este esforço é dececionante.
Além disso, o design sonoro também deixa a desejar. A interpretação vocal não transmite eficazmente as emoções, muitas vezes parecendo monótona. Além disso, os efeitos sonoros repetitivos prejudicam a experiência auditiva. As missões secundárias e os colecionáveis são pouco inspirados e não acrescentam muito ao jogo. Apesar de o tempo de jogo rondar as 40 horas, grande parte parece arrastada e pouco entusiasmante.
Resta concluir que, Xuan-Yuan Sword: The Gate of Firmament é um jogo repleto de paixão e ambição, mas os seus defeitos são difíceis de ignorar. A história envolvente, rica em história e filosofia, é prejudicada por uma localização fraca, gráficos datados e uma qualidade de jogabilidade desigual.
Nota: 5/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.