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Jogos: Undying – Análise

Undying chega à consola híbrida da Nintendo, uma plataforma onde parece encaixar na perfeição.

Undying

Jogo: Undying
Disponível para: PC, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox Series
Versão testada: Nintendo Switch
Editora: Skystone Games

Undying

É curioso como o género de jogos baseados em zombies vive um ciclo interminável de renascimentos, tal como os próprios inimigos que retrata. Quando parece esgotado, regressa com uma nova abordagem, cruzando-se com outras temáticas para se reinventar. Undying é um desses exemplos, combinando sobrevivência, crafting e uma narrativa emocional.

A história acompanha Anling, uma mãe que luta para garantir a sobrevivência do seu filho, Cody, num mundo devastado por zombies. Após ser mordida, Anling percebe que tem pouco tempo antes de sucumbir à infeção e decide ensinar tudo o que pode a Cody, para que este consiga sobreviver sem ela. O tempo é o maior inimigo: dentro de 56 dias ocorrerá a última evacuação e, até lá, cada decisão pode determinar o destino do rapaz.

Undying

A mecânica central do jogo assenta no tempo limitado, obrigando o jogador a escolher bem as suas tarefas. Explorar, recolher recursos, cozinhar, fabricar ferramentas e encontrar outros sobreviventes são fundamentais para a progressão. Cody não é um NPC passivo: aprende ao observar a mãe, adquirindo competências essenciais para se tornar independente. Esse crescimento é um dos aspetos mais marcantes da jogabilidade.

O combate, por outro lado, é simplista e pouco envolvente. Com ataques corpo a corpo ou armas de longo alcance, a luta contra zombies acaba por ser um desafio menor comparado à gestão de tempo e recursos. A pressão constante para equilibrar todas as necessidades de Anling e Cody pode tornar-se avassaladora, sobretudo nas primeiras tentativas.

Visualmente, Undying aposta num estilo cel-shaded minimalista, que funciona bem dentro da sua proposta. A interface é intuitiva e bem organizada, facilitando a gestão de itens e tarefas. A banda sonora complementa o tom melancólico da narrativa, reforçando a atmosfera de desespero e esperança.

Undying

Em suma, apesar de alguns problemas, como uma narrativa que por vezes cai no cliché e mecânicas que podem tornar-se repetitivas, Undying destaca-se pela sua abordagem emotiva e pelo desenvolvimento de Cody, que nos deixa bastante orgulhosos ao longo do jogo.

Nota: 6,5/10

 

António Moura

Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.

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