Jogos: The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III/IV (PlayStation 5) – Análise
A terceira e quarta entrada de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel chegam agora à nova geração, Mas será que estas remasterizaões valem a pena?
Devo dizer ao leitor que, em tempos já escrevi sobre ambos os jogos na Nintendo Switch. No entanto, com o lançamento destas duas aventuras na PlayStation 5 tive que re-entrar neste universo para entender se as mudanças tinham sido grandes ou não.Vou agora dividir a análise em duas partes, de forma a serem compreendidas como dois jogos diferentes, mas, ao mesmo tempo, que fazem parte do mesmo bolo.
Trails of Cold Steel III convida os jogadores a regressarem ao vasto mundo JRPG da Erbonia, envolvida nas consequências da Guerra Civil. Rean Schwarzer, outrora aluno, agora lidera a recém-formada Classe VII, e acaba por navegar num cenário complexo de problemas politicos, lutas pessoais e reencontros com antigos colegas. A verdade é que a história em si desenrola-se a um ritmo deliberado, focando-se fortemente nas relações entre as personagens e nas suas jornadas individuais. Testemunhar o crescimento e a evolução da Classe VII, tanto membros antigos como novos, constitui o núcleo emocional da experiência.
A verdade é que o jogo prova que o seu melhor atributo acaba por ser mesmo o facto de ser toda a sua estrutura em temos de ambientalização. Para aqueles que jogaram os jogos anteirores da série, locais familiares acabam por trazer saudade, enquanto novas regiões pulsam com tensões políticas e as cicatrizes do conflito recente, já que estivemos perante uma guerra civil.
Por outro lado, em termos de jogabilidade, o sistema de combate por turnos refinado oferece pausas bem-vindas de profundidade estratégica e ação emocionante. A formula recebe aadições bem-vindas como Brave Orders e sistemas Break, de forma a permitir manobras mais chamativas e considerações táticas mais profundas. Em termos de exploração e missões secundárias estamos bem servidos já que , embora não seja completamente revolucionária, proporciona distrações agradáveis da narrativa principal. As cidades fervilham com vida e missões, enquanto vastas paisagens oferecem segredos a descobrir. No entanto, o design arcaico do mapa de mundo aberto pode parecer restritivo e dificultar a sensação de aventura expansiva.
Por outro lado, Trails of Cold Steel IV representa o grandioso final do arco de Erebonia. Para novos jogadores, é um empreendimento enorme, exigindo investimento num mundo denso,interconectado e com um elenco vasto. Mas para fãs de longa data, é uma ocasião monumental, e acaba por ser a recompensa de anos de apego emocional e antecipação. Continuamos a controlar Rean e a luta política evoluiu para uma guerra.
Em termos gráficos ambos os jogos apostam num visual mais anime, sem grande pompa e circunstancia e, para dizer a verdade, até em termos de jogabilidade são muito iguais.
Em termos de melhorias especificamente para a PlayStation 5 não existe muito para falar. Continuam a ser jogos bonitos e o facto da escolha estética ser aquela faz com que seja dificil detetar muita diferença entre os ambientes originais e a nova geração.
Resta concluir que The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III/IV continuam a ser obras intemporais que agoram podem ser jogadas na nova geração. Se forem fãs antigos vão conseguir revisitar estas aventuras, se forem novatos também vão conseguir aproveitar todo um novo mundo.
Nota: 7/10
The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III/IV chega á PlayStation 5 a 16 de Fevereiro
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.