Jogos: Rustler – Análise
Rustler chegou às principais consolas e ao PC como uma alternativa medieval aos jogos de mundo aberto. Mas será que precisava de aguentar os cavalos um pouco?
A verdade é que Rustler, aos olhos da Modus Games, estava logo num berço de ouro. A fórmula mágica estava aqui apresentada: um conceito medieval, com uma grande influência por parte de GTA 2 e, também devemos referir os facilmente esquecidos GTA Advance e GTA Chinatown Wars, que utilizavam os mesmo efeito. Para ser mais correcto, diria até que Rustler foi directamente influenciado pelo último que referi, especialmente a nível gráfico, em que apostava em algo mais cartoonesco, ao invés de pixelizado.
Ṕreparem-se então para, neste jogo completamente sem fundamento histórico, para jogarem com o The Guy (nome original eu sei), uma personagem que era tão boa e tão acompanhada que nem nome tinha. Somos um criminoso que, ao longo do jogo temos que cometer várias atrocidades em missões que, tanto nos podem levar a eventos como enfrentar a Inquisição (cada vez que via algo relacionado com isto acabava, eventualmente por me lembrar da piada sobre a Inquisição Espanhola, protagonizada pelos Monty Python) ou numa caça às bruxas, acabando por culminar no Grande Torneio em que temos de competiir para nos tornarmos o maior lá do reino. Uma história que acaba por saber a pouco mas, ao mesmo tempo, está cheia de humor inapropriado e corrosivo, digno de algumas das maiores mentas da comédia a nível mundial.
Aproveitando esta ponte, tenho mesmo que falar das piadas que são feitas ao longo do jogo. É impossível levarmos algo a sério em Rustler, especialmente se tivermos em conta que a qualquer altura vai surgir uma piada visual, uma piada no texto, ou, até mesmo na nossa missão. Sim, porque o jogo acaba por ser apenas uma desculpa para depositar as piadas que foram sendo criadas à volta do tema, como por exemplo zonas onde não podemos “estacionar” cavalos, como se de carros se tratassem.
No entanto, tenho que falar da única questão que me incomodou ao longo do jogo, nomeadamente, os controlos. São simples de usar? Nem por isso. Sãa intuitivos? Também não. Todos estes pormenores acabam por fazer com a experiência de jogo torne-se um pouco dificil de ser divertida. Mesmo assim, com as piadas visuais acaba por tornar-se interessante e os momentos em que queremos partir o comando, por culpa dos controlos, acabam por ser ignorados. Algo que não posso ignorar, porém, é o facto de ser um jogo bastante curto sendo possível completar em cerca de 6 horas.
Resta concluir que, Rustler é um jogo divertido, cheio de bom humor e que para uma noite de jogos serve perfeitamente. No entanto, acaba por se perder nos controlos e não é bem o que almeja ser.
Nota Final: 7/10
Rustler está disponivel para PC (Demonstração disponível), PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series, Nintendo Switch
Desenvolvedor: Jutsu Games
Editor: Modus Games
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.