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Jogos: Returnal – Análise

Returnal

Returnal chega à PlayStation 5 como o primeiro grande exclusivo do ano. Mas será que a Housemarque conseguiu tirar um brilharete de um género que começa a ficar estagnado?

Sei que por esta altura já devem estar fartos de me ouvir “bater no ceguinho” em relação ao roguelikes. Já todos sabemos que a minha opinião é um pouco controversa, porque estou farto de que, em cada 10 lançamentos, existam 11 roguelikes novos para jogar. Sim, é um género que começa a estagnar, mesmo existindo sempre mentes brilhantes que conseguem alterar a fórmula um pouco e, com isso, fazer com que o género se regenere um pouco. E é isso mesmo que Returnal faz.

Returnal

Vamos começar pelo óbvio. Normalmente, quando vemos um roguelike, pensamos num jogo isométrico ou completamentamente em 2D. Em Returnal estamos perante um jogo que se assume completamente como um jogo de tiros na terceira pessoa e que é completamente 3D, trazendo logo algo ao género que os fãs não estão propriamente habituados. Além disso, continuamos com um grande ponto forte que é a história. Uma história cativante, que nos faz ficar agarrados ao comando logo desde o primeiro momento. Seguir a história de Selene e dos seus timeloops (um conceito que, em particular, me agrada bastante quando bem aplicado) é algo completamente fenomenal, especialmente pela forma como se conseguem enquadrar pequenos momentos de história pelo meio, fazendo com que aquilo que pensamos que não é progressão, por estarmos a “voltar ao inicio” é, na realidade, a maior progressão de todas elas.

Por falar nesta questão de “voltar ao inicio”, a verdade é que por muito que o façamos temos sempre vontade de voltar a jogar. Quantas vezes não iremos dar por nós a pensar “só mais uma tentativa” e quando olhamos para o relógio, já são horas impróprias para se estar a jogar. Por isso, mesmo é que se torna tão cativante andar aqui às voltas neste universo tão peculiar. A nível sonoro e gráfico, por sua vez, o jogo também é uma maravilha. Não consigo contar as horas que fiquei a olhar à minha volta, enquanto jogava e esperava por algum momento de ação frenética, que acontecem quando menos esperamos. No entanto, estes momentos de ação são completamente loucos e, por vezes, ficamos sem saber bem o que está a acontecer porque estamos tão concentrados a pensar no sentimento de não morrer para conseguirmos progredir um pouco mais. Para dar uma pequena noção ao leitor, demora mais de 40 horas para conseguir completar a história do jogo.

Returnal

Porém, nem tudo é bom. Existe algo que me fez uma grande comichão na cabeça, nomeadamente, o facto de não existir forma de gravar o jogo. Irritou-me completamente. Chamem-lhe mania, mas, cada vez que termino uma sessão de jogo, gosto de desligar por completo a consola e, com Returnal, isso não foi possível.

Resta concluir que, se excluirmos o problema de gravação do jogo, Returnal voltou a fazer-me gostar de roguelikes um bocadinho, especialmente pela forma como agarra o género e pela sua história cativante que me fez não querer largar o comando.

Nota Final: 9/10

Returnal está disponível em exclusivo para a PlayStation 5

Desenvolvedor: Housemarque

Editora: Sony Interactive Entertainment

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