Jogos: Red Wings: Aces of the Sky – Análise

O conceito de jogos em que o objectivo é pilotar aviões de combate nunca foi algo que me agradou assim tanto. Sim, já joguei vários jogos de aviação, mas, sempre achei mais piada aos jogos de simulação do que àqueles que envolviam combate aéreo. No entanto, Red Wings: Aces of the Sky foi uma história diferente.

Antes demais, o que me atraiu de uma forma estranha foi em termos visuais e o facto de ser dos poucos jogos que é passado na Primeira Guerra Mundial. Normalmente, estamos habituados a ver jogos relacionados com a Primeira Guerra Mundial muito crus. Quando digo isto, quero dizer que o que vemos é explosões, corpos desmembrados, edifícios a ruir e, por norma, também costumam ser jogos de tiro na primeira pessoa. Red Wings nesse campo é diferente. Temos imensas explosões, mas ao mesmo tempo, o visual é tão limpo e com um aspecto de desenho animado que nos faz pensar: “Isto é um jogo sem violência”. E só o facto de andarmos a controlar aviões daquele género é algo completamente novo e, para aqueles que gostam de aprender sobre história, uma experiência única.

O jogo oferece duas campanhas, uma de cada lado da guerra podendo controlar ou aviões alemães ou aviões britânicos. O mais interessante deste controlo é que mesmo sendo um jogo com um aspecto bastante animado, o realismo encontra-se lá aplicado. Além dos aviões, também temos várias “roupagens” que podemos desbloquear, levando a que aumente bastante o nível de duração do jogo.

No entanto, mesmo que grande parte do jogo podemos jogar com duas facções (em que até temos direito a gramofones e a música de guerra da época), a verdade é que grande parte do jogo tem como foco seguir a carreira do Barão Vermelho, tanto como o piloto ou como o ser arqui-inimigo. Entre missões temos a história contada através de tiras de banda desenhada, sendo estas histórias contadas e escritas por pilotos reais que voaram durante a guerra.

Portanto, durante o jogo temos imensas missões diversificadas e momentos de diversão que qualquer jogador poderá aproveitar bem. Além disso, a qualidade de som e de imagem do jogo é algo de surreal. Se por um lado, temos algo que pode parecer um pouco infantil, mas cheio de violência, por outro temos relatos completamente aterradores e, se estivermos a jogar de auscultadores podemos sentirmos-nos mesmo dentro da guerra, como se a tivéssemos a viver.

Resta concluir que, Red Wings: Aces of the Sky é um jogo fantástico que nos explica um dos momentos mais importantes da história, enquanto nos divertimos. Aliado à qualidade gráfica e sonora temos também o facto de as campanhas de história serem bastante grandes e termos um modo de sobrevivência e a possibilidade de jogar com mais um amigo ao longo da história. Definitivamente é um jogo a seguir de perto e um daqueles sérios casos de se tornar um dos predilectos de algumas bibliotecas de jogos, especialmente para aqueles aficionados por aviação.

Nota Final: 8/10