Jogos: Persona 5 Strikers – Análise
Os Phantom Thieves estão de volta num jogo de ação delirante. Será que esta mudança de prisma com uma nova aventura foi a melhor opção?
Persona 5, tanto na versão original como na versão aperfeiçoada do jogo Royal, é considerado um dos jogos-chave das últimas duas gerações de consolas, sendo um JRPG que criou toda uma nova geração de fãs da franquia. Desde aí, originou vários produtos como uma adaptação para manga e anime, além de bastante merchandise. Agora, unidos à Omega Force e à fórmula de Dynasty Warriors, surge esta sequela direta que ignora completamente acontecimentos de Royal, mas, seguindo a aventura da gangue mais energética dos videojogos uns meses depois da aventura principal.
No entanto, ao invés de ser bastante semelhante a Dynasty Warriors, o que temos nas nossas mãos é mais similar a Kingdom Hearts, podendo de certa maneira ser considerado um JRPG de ação. A jogabilidade mudou completamente, comparativamente ao jogo original. Neste, temos uma área onde podemos andar livremente e prepararmo-nos para apanhar hordas de inimigos e derrotá-los tanto com ataques corpo-a-corpo, utilizando as armas dos Phantom Thieves, que podemos controlar em grupos de quatro aplicando-se aqui uma estratégia de gestão de personagens e, assim, também podermos escolher a personagem que mais se adequa ou que gostamos mais (tenho que admitir que, quando me foi possível e achei correto para tal, utilizei em demasia Morgana, o “gato” que serve como mascote e um pouco como comic relief em toda a franquia multimédia de Persona). Claro que também podemos utilizar os nossos Personas, sendo possível apanhar, transformar e gerar Personas novos durante toda a aventura, tornando-se assim um dos pilares para a evolução das nossas personagens. Utiliza-los também é relativamente simples, podendo ser feito com uma pequena combinação de botões, sem parar a ação por si só. Além disso, também é um jogo bastante simples para quem está a entrar na série agora e quer jogá-lo como uma espécie de jogo standalone, além de que a inclusão de novas personagens é ótima, fazendo-as fundir-se com as já estabelecidas no jogo anterior e tornando-se assim parte da história num abrir e fechar de olhos.
Algo também importante de se referir é que, ao contrário do que estamos habituados em Persona, onde vivemos o dia-a-dia durante um ano com as personagens que conhecemos, neste caso, temos isso aplicado nas férias de verão, num curto espaço de tempo. No entanto, tal foi de tal maneira bem aplicado, que não sentimos que é um jogo curto, porque na realidade conseguiram condensar no espaço de meses, cerca de 30 horas apenas para completar a história principal, o que por si só já é bastante tempo.
Gostaria de referir que, a nível sonoro, continuamos com uma banda sonora como a que estamos habituados nos títulos da Atlus, sendo ela fantástica e tornando-se assim uma componente bastante importante dentro da história. Além disso, graficamente, mesmo sendo um jogo de acção bastante rápido, a verdade é que estamos perante algo belo que é bastante difícil explicar por palavras.
Resta concluir que, Persona 5 Strikers joga-se de maneira diferente do jogo original mas, sente-se como uma sequela direta ao mesmo e uma forma diferente de se jogar, mas que ao mesmo tempo pareceu a correta de se o fazer o tempo todo. Virtualmente, é um jogo perfeito.
Nota Final: 10/10
Persona 5 Strikers está disponível para PlayStation 4(versão testada), Nintendo Switch e PC
Desenvolvedor: P-Studio/Atlus/Omega Force
Editora: Sega
Agradecemos à Ecoplay pela cópia para análise
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.