Jogos: Outer Terror – Anális
Outer Terror tenta ser algo que não é, sem grande inovação.
Infelizmente, voltou a acontecer. Depois da febre dos roguelike (que continuam a ser lançados até aos dias de hoje), eis que chegam os clones de Vampire Survivors. Enquanto existem alguns bastante bons, existem outros que deixam qualquer um a pensar como é que decidiram colocar isto cá para fora. É nesta segunda categoria que Outer Terror cai.
O jogo tem um objetivo glorioso, nomeadamente tentar ser uma carta de amor às Bandas Desenhadas de terror e jogos de arcade. Tudo isto é visto através da sua pixelart e da sua atmosfera. Cada nível entra numa nova história de terror, com inimigos e ambientes únicos que exalam pavor. Pense em horror sci-fi pulp encontra monstros de filmes B. Como fã do género fiquei feliz quando vi tudo isso, mas a minha felicidade praticamente acabou ali.
Em termos de jogabilidade, o loop principal é familiar. Demasiado familiar até, diria eu. Explodimos através de ondas de inimigos, subimos de nível a nossa personagem e desbloqueamos novas habilidades e armas. No fundo é apenas isto, e mais nada mesmo, o que pode tornar-se um pouco aborrecido para quem já jogou outros jogos similares.
No entanto, devo dizer que é na jogabilidade que está a característica de maior destaque do jogo. O modo cooperativo é divertido, na companhia de um amigo. Principalmente porque adiciona uma camada de estratégia e diversão, permitindo consigamos combinar o nosso poder de fogo e habilidades para derrubar os inimigos mais difíceis.
Tal como já disse, a maior falha deste jogo é definitivamente o loop de jogabilidade, que embora divertido, pode se tornar repetitivo, especialmente a solo.
Resta concluir que, Outer Terror tenta trazer um ambiente diferente, mas ao fim de umas rondas torna-se sempre a mesma coisa, podendo incomodar aqueles que já jogaram inúmeros jogos do género.
Nota: 4/10
Outer Terror está disponível para PC, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PlayStation 5
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.