Jogos: Marvel’s Spider-Man 2 – Análises
Marvel’s Spider-Man 2 chegou para conquistar o seu lugar no topo da consola da Sony.
Devo começar esta análise com um pequeno facto: Cheguei a este universo relativamente tarde. Apenas em 2020 joguei o jogo original e Miles Morales, aquando do lançamento da PlayStation 5. No entanto, mal agarrei o comando para me aventurar, entendi que estava perante algo belo e, ao mesmo tempo, que estava a ser construído para durar. Claro que, quando a sequela foi anunciada fiquei automaticamente entusiasmado e à espera de a poder agarrar e ver para onde iriam os nossos heróis.
Neste caso, avançamos vários anos no tempo e sabemos que as nossas personagens principais estão bem e de boa saúde. No entanto, a chegada de Kraven à Cidade que Nunca Dorme acaba por ser um grande problema, tanto para Peter como para Miles. Ambos tem de arcar com as responsabilidades de Homem-Aranha, enquanto vivem momentos diferentes na vida: um com dificuldades em encontrar estabilidade profissional, enquanto outro não sabe bem o que fazer do seu futuro. É interessante ver que a história se desenvolve um pouco à volta das dificuldades dos nossos protagonistas, de forma a mostrar que mesmo estes estando sempre a salvar a cidade, continuam a ser pessoas completamente normais, com problemas de pessoas normais. A estes três, junta-se um leque de personagens inacreditáveis e claro, temos de dar destaque ao Venom (que por estranho que pareça, tem a voz emprestada pelo músico Carlão), trazendo assim todo uma nova forma de ver este universo. Destaque também para alguns pormenores que os mais atentos irão descobrir, que poderão dizer que mais tarde ou mais cedo, algumas personagens bastante conhecidas poderão estar a caminho deste universo desenvolvido pela Insomniac.
Em termos de jogabilidade, nota-se que existiram bastantes avanços comparativamente aos jogos anteriores. Este foi mesmo desenvolvido para a PlayStation 5 e isso nota-se no simples balançar de teias, que continua a ser feito com a ajuda dos botões traseiros do comando, além de quebra-cabeças que também os utilizam e são capazes de deixaram alguns dos jogadores um pouco sem paciência, ao ter de fazer pressões especificas no mesmo. E se balançar pela cidade já é algo capaz de deixar qualquer jogador contente, principalmente pela quantidade de acrobacias e situações que podem observar pelo caminho, a verdade é que o combate continua a ser o maior destaque. Continua fluído e agora com novas habilidades para utilizar, torna-se ainda mais divertido. Deixem-me até vos dizer, podem perder uma data de vezes, mas a verdade é que vão querer sempre voltar para conseguir dar o vosso melhor. Ah, e preparem-se para a abertura do jogo, nunca vi tanta adrenalina e ação numa sequencia como desta vez.
Devo, no entanto, comentar que existiram pormenores que me deixaram um pouco a coçar a cabeça. Já nos jogos anteriores tínhamos momentos em que não eramos o Homem-Aranha e andávamos a explorar pequenos momentos da vida do protagonista. Aqui aumentaram e tornaram-se, até certo ponto, em algo crucial, que chegando a certos momentos tornam-se completamente irritantes e uma quebra na ação muito grande.
Graficamente, continua a ser um jogo bestial. Esta Nova Iorque é linda e vale a pena parar durante uns momentos de vez enquanto para a apreciar dos melhores pontos possíveis, ou seja, de cima. Também temos uma data de fatos novos que aqueles que conhecem melhor o material original vão reconhecer instantemente, enquanto existem outros que são um piscar de olho a outros tipos de media em que o Cabeça de Teia está inserido.
A dobragem portuguesa também é algo que quero falar. Acima já referi o Venom dobrado pelo Carlão, que inicialmente estranhamos, mas, depois entranhamos. No entanto, o Tiago Teotónio e o Alexandre Carvalho estão de parabéns por tudo o que conseguiram fazer com as personagens, parecendo que as mantém como deles. Destaque também para Paulo Pires, que tornou Kraven ainda mais ameaçador.
Por fim, gostava de falar do tempo de jogo. Se quiserem fazer apenas a história principal diria que estamos perante 20 horas de jogo e, mesmo que pareça pouco, a verdade é que se faz uma data de coisas diferentes durante essas horas. No entanto, se quiserem completar tudo mesmo, preparem-se para mais 10 a 15 horas de jogo. São muitas missões e colecionáveis, além de que é bastante divertido colecioná-los a todos.
Resta concluir que, Marvel’s Spider-Man 2 é a prova de que se deve aproveitar tudo o que há de bom num jogo anterior, aproveitar na sequela e tentar melhorar ao máximo. É fantástico visitar em universo e queremos sempre mais!
Nota: 10/10
Marvel’s Spider-Man 2 está disponível em exclusivo para PlayStation 5
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.