Jogos: Lonely Mountains Downhill – Análise
Grande parte de nós, quando mais jovens, jogamos jogos da série Trials nos mais variados agregadores de jogos flash e, para ser correto, até os podemos jogar atualmente nas consolas da atual geração. Mas eis que surge a proposta oferecida por Lonely Mountais: Downhill. Mas será que é só uma cópia de Trials que troca a mota por uma bicicleta?
Para vos explicar como funciona o jogo vou fazê-lo da seguinte maneira: descer montanhas com uma bicicleta e com física ridícula. No entanto, o facto de nos dizerem que é uma montanha solitária é realmente uma das questões mais verdadeiras do jogo, já que a verdade é que como estamos sozinhos acabamos por absorver o ambiente calmo e visualmente bonito em que nos encontramos. Além de que não existe mais ninguém além de nós, não há animais, não há espectadores, não há nenhum comentador. Não há nada mesmo. Portanto, já temos o objetivo do jogo, agora só falta completá-lo de forma rápida e simples, certo? Errado.
Este tipo de jogos, normalmente, traz “agarrado” a ele uma dificuldade extrema e, na minha opinião, Lonely Mountais acaba por beber muito essa inspiração do seu “irmão mais velho espiritual”, já que é necessário ter uma precisão enorme quando se faz curvas ou travagens, especialmente para não cair de uma ravina. E isto é que torna o jogo ainda mais divertido do que é. Começamos por fazer uma pequena viagem de reconhecimento sem temporizador nem contagem de quedas, de forma a captarmos toda a essência da pista e todos os pontos de referência que podem ser importantes para nós. Existem imensos caminhos alternativos que convém ser explorados antes de passarmos para as missões que realmente importam.
Falando agora dessas missões, a realidade é que elas são bastante básicas, mas, ao mesmo tempo, aliciantes. São aliciantes porque devido à dificuldade de as concretizarmos (mesmo sabendo que existem vários caminhos alternativos) é necessária uma precisão absurda para conseguir completar a pista antes do tempo delimitado ou para termos o menor número de acidentes possíveis. Sim, grande parte dos objetivos são esses mesmos, mas, vamos desbloqueando pistas, montanhas e novas atualizações para as bicicletas que também vamos ganhando, ou seja, temos algo que nos incentiva a jogar. Além disso, a durabilidade do jogo acaba por aumentar já que, mesmo que consigamos avançar para a montanha seguinte depois de termos completado a segunda pista de cada área, para desbloquear tudo mesmo são precisas imensas horas de jogo.
Resta concluir que, Lonely Mountains: Downhill é um jogo quase perfeito. Quase porque mesmo sendo divertido e oferecendo um grande desafio para o jogador tem um pequeno problema: não está completamente otimizado. De tempos a tempos, parecia que o tempo ficava mais lento no jogo e existiam algumas quebras de frames. Fora esse pequeno problema, é um jogo fantástico que incentiva o jogador a tentar cada vez mais (podendo levar o jogador a dizer “só maiis uma vez”) e que prova ser uma alternativa válida à série Trials, especialmente para aqueles que procuram algo ligeiramente diferente.
Nota Final: 8/10
Lonely Mountains: Downhill está disponível para PC, Xbox One, PlayStation 4 e Nintendo Switch (versão testada)
Agradecemos à Mi5Communication pela chave para análise
Poly Bridge 2 Gameplay (PC)
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.