Jogos – Life is Strange: True Colors (Análise)
Life is Strange regressa com mais uma história em Life is Strange: True Colors, mas, será que seis anos depois do lançamento do original, a formula continua a funcionar como é suposto?
Há algo que ninguém pode tirar à série que foi herdada pela Deck Nine, nomeadamente, a forma de contar histórias. A forma como são desenvolvidas, como o conceito é estabelecido e a própriaist construção das personagens ao longo da narrativa é um dos factores de sucesso desta série e, a verdade é que True Colors continua num bom caminho nesses parâmetros.
Seguimos a história de Alex que, passado 8 anos volta a reencontrar-se com o seu irmão Gabe, numa pequena cidade chamada Haven Springs, no Colorado. Depois de um acidente bizarro, cabe a Alex investigar o que aconteceu a Gabe e o porquê, utilizando um poder, no mínimo curioso, o de conseguir ler e manipular emoções. Além disso, vai conhecendo várias personagens no decorrer da hístória, incluíndo Steph ( que já tinha aparecido num dos jogos anteriores, o Before the Storm, como uma personagem secundária) e Ryan, que rapidamente tornam-se personagens essenciais para trama. E, tal como já vos disse anteriormente, a Deck Nine sabe como trabalhar personagens e não falha ao fazer-nos criar empatia por cada uma delas, levando-nos até ao extremo de nos sentirmos afetados por tudo o que decorre ao longo do jogo.
Em termos de jogabilidade, a verdade é que True Colors não mostra assim nada demais, se excluirimos a questão das emoções. É uma nova adição e bem-vinda na história, mas, se formos ver, fora essa nova opção, continua a ser Life is Strange como o conhecemos desde a primeira entrada. Isso não quer dizer que seja mau, mas, também não é propriamente a melhor jogabilidade que vamos ver na nossa vida. Apenas serve para aguentar o jogo e tentar não nos desviar do que realmente ali importa, a narrativa.
No entanto, o ponto mais fraco de todo o jogo é mesmo os gráficos. Se são bonitos? Definitivamente! Mas preparem-se, por vezes podem apanhar demasiados bugs visuais que vos vão deixar um pouco à nora. Não é uma questão de terem de parar de jogar, ou até mesmo de reiniciar a consola, mas acaba por fazer com que nos sintamos um pouco desconfortaveis ao longo do decorrer do mesmo, pois sentem que falta alguma coisa ali e que poderia ter ficado mais uns meses em desenvolvimento, para não parecer tão apressado a cumprir metas.
Falta-me também falar de um ponto-chave deste jogo que é a banda sonora. Meu deus, ninguém estava preparado para um conjunto de músicas tão bom no mesmo jogo. Se a banda sonora, na sua maioria composta por Angus & Julia Stone já é um brilharete, o conjunto de músicas licenciadas é um hino à música indie. Nomes como Kings of Leon, Metronomy, Phoebe Bridgers e mxmtoon (com uma das músicas sendo uma versão arrepiante de Creep dos Radiohead) tocam nos momentos fulcrais da trama, tornando-se assim ainda mais belo.
Resta concluir que, Life is Strange: True Colors volta a mostrar uma história soberba e que irá puxar o jogador para o universo do jogo durante horas a fio. Estão preparados para passar uns tempos em Haven Springs?
Nota Final: 8/10
Life is Strange: True Colors está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series, PC e, em breve, para Nintendo Switch
Editora: Square Enix
Desenvolvedores: Deck Nine
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.