Jogos: Ghostwire: Tokyo – Análise
Ghostwire: Tokyo chega para apresentar uma versão macabra da cidade japonesa que todos adoramos. Será sucedido em tal?
Antes de mais, penso que seja necessário dizer o seguinte aos leitores: Ghostwire: Tokyo na realidade, mesmo sendo vendido como tal, não é um jogo de terror. Sim, vai buscar elementos do género, especialmente em termos de inimigos, mas, na realidade, trata-se de um jogo de acção e aventura. Devo, no entanto, dizer que, mesmo não existindo uma atmosfera tão aterradora assim, preparem-se para apanhar alguns sustos, a maioria deles jumpscares.
A história que nos contam é a de Akito que, depois de um acidente, acaba por ser possuído pelo detetive KK. Esta aliança começa um pouco turbulenta, mas, com o evoluir da campanha, estes dois tornam-se unha com carne (espiritualmente) e amigos para uma vida inteira. Além disso, ambos têm um objetivo em comum, salvar Tokyo e, no processo, resgatar a irmã de Akito, Mari. Para vos ser sincero, torna-se irresistível ver as interações entre o nosso duo através das conversas que ouvimos ao longo do jogo.
Por outro lado, a jogabilidade é bastante curiosa. Por muito que grande parte do jogo seja bastante linear, metade do que fazemos é matar espíritos, ou visitantes como são chamados no jogo, com poderes de água, vento e fogo que saem dos nossos dedos de uma forma fantástica e que, a certa altura, chegou a fazer-me uma certa confusão. Porém, mesmo mantendo todo o aspeto sério do jogo, as nossas missões secundárias são…peculiares. A verdade é que algumas delas acabam por roçar o estúpido e o inútil. Mesmo não as completando e ignorando é possível completar o jogo sem problemas. Com “o jogo” falo claro da história principal.
Graficamente também é um jogo belo, capaz de deixar qualquer um de boca aberta com a geografia de Tóquio. É lindo ver a cidade que vimos em fotos, ou em alguns casos, já visitamos, traduzida para um jogo e onde somos capazes de identificar todos os monumentos que reconheceríamos. Além disso, a pouca música que existe ao longo do jogo é magistral. Porém, existe um ponto fraco no jogo inteiro que é a duração do mesmo. Demoramos cerca de 9 horas para completar toda a campanha, o que poderá ser considerado pouco. Podemos dizer que, com as missões secundárias e troféus, esse tempo aumenta, mas, ao mesmo tempo, parece pouco tempo de jogo.
Resta concluir que, Ghostwire: Tokyo é um jogo sólido, capaz de assustar alguns dos jogadores, mas, ao mesmo tempo, por oferecer tanta liberdade ao jogador, consegue tornar-se algo indispensável na coleção de um jogador da consola da Sony.
Nota Final: 9/10
Ghostwire: Tokyo está disponível em exclusivo na PlayStation 5 e no PC
Desenvolvedor: Tango Gameworks
Estúdio: Bethesda Softworks
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.