Jogos: Ender Magnolia: Bloom in the Mist – Análise
Ender Magnolia: Bloom in the Mist, a sequela do aclamado Ender Lilies: Quietus of the Knight, chega como uma lufada de ar fresco no género Metroidvania.
Quando vi Ender Magnolia pela primeira vez fiquei um pouco de pé atrás. Adorei Ender Lilies, mas ao mesmo tempo, achei que este jogo podia ser mais do mesmo. Estava completamente errado. A verdade é que, ao mesmo tempo que herda o charme melancólico do seu predecessor, Bloom in the Mist traça o seu próprio caminho com um foco na exploração, nas ligações entre personagens e um mundo repleto de narrativa ambiental.
O grande destaque desta entrada vai mesmo para o ambiente e a história. A Terra das Fumos é uma paisagem desolada sufocada pela poluição e desespero. Décadas após os eventos de Ender Lilies, o outrora vibrante reino caiu, deixando para trás vestígios de um passado glorioso. Os desenvolvedores desta aventura criam magistralmente esta atmosfera através de pixel art de uma beleza assombrosa e uma banda sonora melancólica. O mundo parece opressivo por vezes, mas bolsas de beleza esquecida – uma flor solitária a florescer entre ruínas, um raio de sol a perfurar a névoa perpétua – oferecem um vislumbre de esperança.
Durante a aventura, assumimos o papel de Lilac, uma jovem mulher com amnésia que desperta com o poder misterioso de purificar homúnculos corrompidos. Estes seres artificiais, vestígios de uma tecnologia perdida, estão cheios de tristeza e raiva. A jornada de Lilac torna-se uma de autodescoberta e de criação de laços improváveis. À medida que purifica os homúnculos, eles tornam-se seus companheiros e cada um oferece habilidades de combate únicas que expandem o seu arsenal e abrem novos caminhos para a exploração.
Tendo em conta o que foi dito acima, convém dizer que o sistema de combate em si é uma mistura satisfatória de controlos responsivos e profundidade tática. Dominar o conjunto de habilidades de cada companheiro e alternar estrategicamente entre eles no calor da batalha é a chave para superar inimigos desafiadores.
Os seus aspectos Metroidvania também merecem um grande destaque. A Terra das Fumos é extensa e interligada, repleta de passagens escondidas, áreas secretas e puzzles ambientais. O backtracking é encorajado, pois as habilidades recém-adquiridas permitem aceder a áreas previamente bloqueadas e descobrir a história do reino caído. O próprio mundo é uma personagem, com detalhes ambientais subtis e mensagens crípticas a sugerir as tragédias que se desenrolaram.
No entanto, Ender Magnolia: Bloom in the Mist não é isento de falhas. O início do jogo pode parecer lento, e a história demora um pouco a prender o jogador.
Resta concluir que, Ender Magnolia: Bloom in the Mist é uma experiência gratificante para fãs de jogos Metroidvania e para aqueles que apreciam uma atmosfera melancólica, mas esperançosa. É um jogo que ficará com o leitor muito tempo depois de ter pousado o rato e teclado e desligado o computador.
Nota: 8/10
Ender Magnolia: Bloom in the Mist está disponível para PC (versão jogada). Em breve será disponibilizado em consola.
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.