Jogos: Elden: Path of Forgotten – Análise
Muitas vezes, quando um jogo é considerado muito complicado, as pessoas apelidam esse jogo de “o Dark Souls” daquele gênero, como por exemplo Cuphead (que foi considerado “o Dark Souls dos jogos de plataformas) ou os remakes de Crash Bandicoot (que eram “o Dark Souls da PlayStation 4). No entanto, Elden: Path of the Forgotten, tem todo o direito de ser chamado de um jogo ao estilo de Dark Souls, mas porquê?
A resposta é simples, especialmente quando os próprios desenvolvedores de Elden, assumem a inspiração na série Dark Souls. Se por um lado, temos um mundo isométrico cheio de fantasia por onde andamos, por outro lado também é possível verificar que em termos de dificuldade, não é um jogo que está para brincadeiras. Por exemplo, durante o jogo foi impressionante como um inimigo que até tem tudo para ser básico, consegue fazer com que vários espinhos apareçam do solo e que nos tira logo metade da vida. Portanto, estamos a falar de inimigos que são um verdadeiro desafio.
No entanto, o facto dos inimigos poderem ser complicados de derrotar se não tivermos as armas corretas, acaba por não ser algo que incomode muito o jogador. O que pode incomodar é o facto de não termos um lugar certo para ir. Não existe uma ordem certa de se fazer as coisas e por isso, podemos nos perder a qualquer momento. Somos nós e a nossa intuição de um lado para o outro e, neste caso aplicasse perfeitamente a regra “se há inimigos é este o caminho a seguir”. Isto porque, se não o fizermos assim não nos safamos definitivamente.
Também existe outro pequeno problema, que é a inexistência de tutorial. Se torna o jogo mais desafiador? Definitivamente. Mas ao mesmo tempo acaba por ficar um pouco frustrante. Neste caso, decidi ser “chico-esperto” e avançar à força toda sem ver se queria mudar os controlos que iria utilizar ao longo do jogo. Conclusão: estive à procura durante 10 minutos de como é que consumia itens, como trocava de itens e como trocava de armas (já que existem imensas à nossa disposição, desde espadas a machados e alguns mais eficazes que outros em alguns inimigos). Portanto, não ter um tutorial específico é interessante, mas também considero que se tivesse umas pequenas pistas ao longo do jogo, estaria em ponto caramelo.
Por fim, gostaria de falar dos visuais. É um jogo isométrico feito em pixelart, o que para mim é algo bastante importante. O visual é bastante engraçado e interage bastante bem com os acontecimentos. No entanto, a forma como fizeram as cenas de vídeo é perfeita. São pequenos desenhos, sem voz. O objetivo acaba por ser interpretarmos da forma que quisermos, podendo assim tornar-se uma experiência diferente para cada jogador.
Resta concluir que, Elden: Path of the Forgotten é uma bela homenagem à série Souls e, ao mesmo tempo, tem a sua própria identidade, dificuldade e um charme que lhe diz muito.
Nota Final: 6/10
Elden: Path of the Forgotten está disponível para PC (versão testada) e Nintendo Switch
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.