Jogos: Crítica – Farcry 3
O jogo que vos trago hoje, tornou-se um dos meus favoritos instantaneamente – falo pois do Farcry 3. FPS em regime open world, passa-se numa ilha tropical dominada por piratas e uma tribo que os tenta combater, envolvendo toda uma série de tramas que o nosso herói terá que se envolver. A versão jogada foi a de PC, que na minha opinião sempre que existem multi-plataformas acaba por ser superior, permitindo melhores gráficos e algumas vezes modding.[fbshare]
Graficos: O jogo é simplesmente lindo! Desde uma optimização fantástica (o que permite o uso de boas configurações gráficas mantendo um performance bom), a toda a beleza natural que nos apresenta em cada recanto da ilha. Pequenas grutas à espera de serem exploradas, desfiladeiros com lagos no fundo onde pudemos nadar e quem sabe, encontrar tesouros, rios a percorrerem vales recheados de plantas e animais. Subir uma montanha para contemplar toda a ilha, fazer uma viagem de asa-delta sobre montanhas é fascinante.
Os personagens são bem animados, bonitos, e únicos. Já os inimigos podiam ser mais variados, tanto em roupas como cara e corpo.
Os animais são bastantes, e estão também bem animados a par com a beleza das personagens.
Algo que me parece muito bem notar, é a direcção artística do jogo. As partes ‘’trippy’’ seja pelo consumo de drogas pelo protagonista, por rituais realizados ou delírios por ferimentos, são fantásticas. Cenários metafóricos, repletos de surrealismo, criam um ambiente único que envolve o jogador e torna a experiência muito mais imersiva.
Jogabilidade: Segue as mecânicas básicas dum fps, dispara, baixa em cobertura, dispara de novo. Mas onde o jogo brilha em combate é nos ‘’takedowns’’. Mortes que o jogador pode provocar através de combate corpo a copo silenciosamente (stealth kills). As armas são imensas, e podem ser desbloqueadas através de pequenas marcas que se adquirem com o tempo (achievements), comprando , ou desbloqueando através da subida a postos de rádio espalhados pela ilha (que de si desbloqueiam partes do mapa também).
Desde pistolas, espingardas, metralhadores pesadas, ate bazucas e lança-chamas (que pode ser usado para provocar incêndios nos campos que se alastram muito naturalmente e podem queimar as casas e inimigos presentes).
O jogo segue um pouco o modelo em voga de fps-rpg através de experiência que se vai adquirindo em missões e com a progressão da história, que leva a que se passe de nível e se adquira perks. Perks esses (pontos fortes) que podem ser usados em certas habilidades que se dividem em três categorias e que tratam mobilidade e takedowns ao longe, sobrevivência e takedowns silenciosos, vida e armamento/assalto.
A campanha deste jogo anda à volta das missões da história, podendo sempre que não se está envolvido em nenhuma, fazer uma pausa, explorar a ilha, fazendo as provas especiais disponíveis, ajudando os habitantes da ilha nas suas demandas, subindo as torres que desbloqueiam o mapa, libertando acampamentos piratas para a população da ilha e caçando.
A caça tem uma importância enorme neste jogo sendo que as peles que se apanham podem ser usadas para melhoras todo o equipamento do protagonista, desde as balas que pode carregar, ao número de armas que carrega, etc. O comportamento dos animais está muito natural, sendo que se nota bem a passividade duma gazela ou medo, já com um leopardo ou um urso, quando provocados ou mesmo invadindo o seu território, tornam-se agressivos.
Os inimigos são também inteligentes, utilizam cobertura, flanqueiam a personagem, utilizam granadas, etc, tornando os combates bastante bons e com bastante acção.
Os takedowns são um espectáculo e com alguns perks podem-se fazer coisas como apanhar um inimigo desprevenido de costas, cortar-lhe o pescoço e tirar a faca dele do bolso ou pistola para matar outro que estivesse na proximidade.
Existem também veículos para terra (carros e motos-quatro), água (motos-de-água e lanchas) e ar (asa-delta e em certas alturas o protagonista viaja em helicópteros ou aviões, mas não os conduz, ficando apenas pelas armas montadas no veículo ou para saltar de para-quedas). Estão também espalhados pela ilha, tesouros, sendo estes caixas com munições e itens para vender, ou tesouros da tribo escondidos, que ajudam muito a uma exploração mais satisfatória. Nada como contemplar uma subida difícil duma montanha, para encontrar um tempo fantástico e ainda dentro estar um tesouro (que também dá experiência).
Durabilidade: O jogo é longo e numa campanha repleta de missões, com as alternativas à disposição do jogador, desde a exploração simples da ilha, à caça de tesouros e de animais, provas, etc, esperam-se muitas horas de diversão.
Audio: Os personagens tem um bom voice-acting, os animais têm os seus sons característicos que nos alertam para a sua presença e atitude, e os inimigos algumas falas interessantes. A música em algumas partes é genial. Bombar dubstep enquanto se descarrega uma metralhadora pesada nos nossos inimigos, ou se pega fogo a tudo em redor está algo de fantástico, tornando momentos muito bons, ainda mais épicos!
Historia: O nosso protagonista, Jason Brody, típico menino rico que não sabe o que fazer da vida, vai para esta ilha com os amigos (os dois irmãos, namorada e um dos seus irmãos, e mais alguns amigos), e numa queda-livre aterram numa parte da ilha dominada por piratas. São todos raptados, acontece uma série de situações a que levam a que Jason se una aos habitantes da ilha na luta contra os piratas opressores.
Estes piratas, aparentemente comandados por Vaas (com o passar do tempo e alguns twists descobrem-se outras personagens envolvidas e de certa forma ainda piores), são completamente loucos e fazem coisas desumanas ao longo da história.
É importante mencionar que os personagens principais, são memoráveis. Vaas é exactamente um louco, um homem que se vê com um exército e não pára até obter o que quer seja de que maneira for. Sádico de natureza, as atitudes dele ao longo da história tornam-no num personagem rico e fantástico.
Jason Brody que começou como o típico pretty boy, evolui radicalmente ao longo do jogo, seja no contacto com os seus inimigos e através duma sede de vingança (dado a acontecimentos que não mencionei para não fazer spoilers).
Cada personagem envolvido tem o seu toque único e torna o jogo melhor ainda e mais memorável.
Geral: É um jogo fantástico repleto de pontos positivos! Desde as cenas em que o protagonista entra em berzerk numa luta de facas com algum vilão, até às trips em que o protagonista visiona uma série de imagens metafóricas de acontecimentos do passado e de futuras coisas que vão acontecer no jogo, um boss demasiado fantástico e enorme e cuja materialização se deve a algo imprevisível, a luta e várias conversas e twists com o Vaas e toda a loucura da ilha. A luta duma personagem numa crise de identidade e que no meio de toda a trama em que se vê envolvido, todo o perigo e motivação, faz com que encontre a sua essência no ambiente mais improvável.
Veredicto: Um jogo obrigatório para todos!
Hugo Santos
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Boas.
Só uma pequena correcção, acho que nos gráficos queres dizer aparência e Modelos 3D certo? Falas um pouco da optimização mas é a única coisa que dizes á cerca do motor.
Optima review!
Cumprimentos! =D
Hey there!
Obrigado pela critica! 😀 A parte da optimização diz respeito ao motor de jogo em si que no fundo é o que influencia mecânicas e gráficos no geral, e que está brilhante mesmo.(o meu pc não está propriamente actualizado e correu o jogo lindamente, e sim podia ter especificado mais 😉 )
Relativo aos modelos e aparência, falo um pouco à frente.
Mais uma vez, obrigado. Crítica construtiva ajuda a melhorar! 😀
Cumprimentos