Jogos: Cannibal Cuisine – Análise
Cannibal Cuisine usa um conceito já conhecido, adicionando depois uma pequena característica de forma a torná-lo algo único, mas, será essa característica o suficiente?
Antes de mais, gostaria de advertir o leitor que não sou o maior jogador de jogos de festa (os tradicionais party games). Consigo divertir-me com eles, mas não há assim tantos que me deixem abismados com o que estou a ver e que me façam querer jogar durante horas. No entanto, sou o primeiro a admitir que o conceito de Overcooked tem algo de charmoso nele. E é esse efeito que Cannibal Cuisine tenta replicar.
Primeiramente, penso que deva contextualizar o jogo: numa ilha cheia de canibais bastante simpáticos (sim, os gráficos são feitos de forma a que as personagens pareçam o mais “tonto” ou “parvas” possíveis), renascem os deuses canibais que insistem em desejar sacrifícios humanos. Portanto, temos que controlar estes canibais com um simples objetivo: matar os turistas que aparecem na ilha e aproveitar a sua carne para cozinhar pratos e alimentar os deuses. Tudo isto num estilo bastante animado para o enredo negro que nos é dado.
O jogo é dividido em dois tipos de jogo: a campanha ou o modo versus. A campanha por si só pode ser jogada a solo, o que se avizinha uma tarefa de titãs. Posso assumir que tentei fazê-lo, mas, ao fim de alguns níveis cheguei à conclusão que seria impossível avançar mais no jogo pois, nem o mínimo dos mínimos conseguia fazer. Mas, também pode ser jogado com vários jogadores e, como seria de esperar, é aqui que o jogo brilha por completo. Seja no facto de estamos no modo campanha, a trabalhar em equipa, ou no modo versus a “lutar” uns contra os outros, a verdade é que vamos conseguir arrancar gargalhadas do nosso amigo ou membro da família mais carrancudo. O facto de o jogo a cada nível ficar cada vez mais louco, faz com que seja rapidamente apreciado por todos.
Por falar em níveis, é interessante falar da divisão deles: por norma são separados por algo, como água e lava e, naturalmente, se cairmos na mesma iremos morrer e regressar passado algum tempo. As outras secções do nível são compostas por ingredientes, como bananas e malaguetas, turistas (ou “carne para canhão” como gosto de lhes chamar), uma estação onde podemos cozinhar e o Deus que temos que alimentar. É um layout simples, mas ao mesmo tempo vai tornando-se cada vez mais difícil. Algo também interessante em todo o jogo é o facto de podermos customizar as nossas personagens com vários itens e roupagens, além de armas. Os mais puristas vão querer usar lanças e armas do género, mas, também existem machetes e outras armas que trazem algo de diferente para a jogabilidade.
Resta concluir que, Cannibal Cuisine é um jogo divertido para jogarem numa noite com amigos ou família, mas, nunca passará disso. Uma alternativa que tenta ser Overcooked não o sendo e, por isso mesmo, falhando em obter uma identidade própria
Nota Final: 5/10
Cannibal Cuisine está disponível para Nintendo Switch (versão testada) e PC
Revelação Nomeados XVII Troféus Central Comics
(versão editada)
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.