Jogos – Análise: Resident Evil 4 Remake
Resident Evil 4 Remake chegou às consolas mais atuais com a promessa de fazer os jogadores redrescobrir um clássico. Será que consegue?
A minha história com o Resident Evil 4 original acaba por ser uma espécie de história de origem. Quando era mais novo, cada vez que via algo parecido com um morto-vivo nas revistas de videojogos que lia, ficava um pouco com medo, devo confessar, mas com Resident Evil 4 tudo mudou. Um dia abri a Revista Oficial da PlayStation e fiquei completamente estupefacto com o que estava a ver. Aqueles que eu considerava uma espécie de morto-vivo não me estava a meter medo, mas sim a suscitar alguma curiosidade. Até ao lançamento do dito cujo na velhinha PlayStation 2, ia consumindo tudo o que encontrava sobre o jogo, sem completa ideia que inicialmente seria um exclusivo da concorrência, a Nintendo Gamecube. Passado alguns anos, depois de ter jogado a versão PlayStation 2 e PC, voltei a re-jogar na Gamecube e continua a ser um dos meus jogos favoritos da consola.
Depois do lançamento de um fantástico remake do Resident Evil 2 e um medíocre Resident Evil 3 (não era bem assim que me lembrava dele!) eis que nos chega um terceiro remake, desta vez por terras espanholas. Voltamos a seguir Leon, agora numa missão a mando do presidente dos Estados Unidos para resgatar a sua filha que desapareceu. Embarcamos então numa aventura intemporal, que pode trazer um gostinho especial aos Portugueses mais patriotas pelo facto de chacinarmos nuestros hermanos. Por outro lado, logo nos momentos iniciais é possível ver que Leon é um homem mudado depois dos eventos de Resident Evil 2. Porém, não tão mudado quanto isso. Pode não parecer, mas continua a ser um aprendiz aos meus olhos, principalmente pela forma como alguns eventos se desenrolam ao longo do jogo. A Capcom deve gostar muito dele, pois continuo sem entender como é que ele sobrevive em certos casos de burrice extrema por parte dele.
Em termos técnicos, a verdade é que o jogo continua a ser o mesmo que o original. Não digo uma cópia 1:1 do jogo, pois isso seria completamente impossivel, por conta de que já deram re-release ao original nas consolas em que este pode ser jogado atualmente. Graficamente teve uma lavagem de cara, tornando-se agora 4K e com mais polignos para admirarmos. A maioria das personagens continuam a ser iguais, mesmo tendo algumas diferenças que notam-se ao longe. O melhor exemplo é o de Salazar, que parece que ficou mais feio por alguma razão muito especifica.
A jogabilidade, por seu lado, é algo de curioso. A génesis da terceira pessoa em Resident Evil foi originada na sua quarta entrada numerada, o que leva a que parece que estamos perante um circulo completo. Confesso que fico feliz por assim ser, principalmente pois é algo a que me habituei e se me colocassem novamente a jogar um jogo com controlos tank, acho que iria ficar-me a sentir mal, pois sou completamente azelha com esse promenor. Por outro lado, sinto que Ashley está mais responsiva neste jogo, já não a ouvimos a gritar tantas vezes “LEOOOON” quando um Granado a agarra e tenta fugir com ela, tornando-se assim uma personagem muito melhor do que o que era.
Por fim, gostava de apontar apenas um ponto fraco. O modo Mercenários chegou depois do lançamento oficial e sem duas das melhores personagens que existem na franquia. Por outro lado, também não temos acesso à história alternativa de Ada Wong “Seperate Ways”. Provavelmente vai virar DLC. E dar destaque à campanha de marketing que podem ver acima, pois é simplesmente brilhante.
Resta concluir que, Resident Evil 4 Remake é o melhor dos REmake até à data. Consegue manter a essência do jogo original, enquanto mostra promenores novos. Para os fãs re-jogarem e novos jogadores descobrirem!
Nota Final: 10/10
Resident Evil 4 Remake está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5 (versão testada), Xbox One, Xbox Series e PC
Editora: Capcom
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.