Jogos: Análise – DOOM Eternal: The Ancient Gods – Part One
O lançamento de DOOM Eternal foi muito bem-vinda em Março, considerando que mal sabíamos o quanto as nossas vidas iriam mudar durante os próximos meses, providenciando um tipo de escape único como mais nenhum jogo consegue fazer tão bem. Por essa razão, levou nota máxima na nossa análise na altura, deixando-nos em pulgas para saber quais seriam as novas aventuras a integrar o Year One Pass, o equivalente à Season Pass tradicional dos jogos.
Revelado na QuakeCon 2020, com um teaser e mais tarde com um trailer completo na Opening Night Live, ambos em Agosto, percebemos que a missão do Doomguy ainda não tinha terminado e que se iria seguir em DOOM Eternal: The Ancient Gods – Part One.
Sendo uma continuação directa da narrativa do jogo base, desta vez Doomguy terá que se aventurar por três novas missões em busca da salvação da humanidade e impedir que os demónios dominem o universo.
Na verdade, este DLC oferece três novos mapas, todos eles gigantes, com muito para explorar e dezenas de combates intensos. Apesar de termos voltado a DOOM Eternal de vez em quando durante os últimos meses, nada nos possa ter preparado para aquilo que The Ancient Gods – Part One tinha planeado para nós: uma tareia difícil de esquecer.
Assim iniciamos a primeira missão, somos mal recebidos por monstros mais poderosos, como o Mancubus e o Tyrant, às vezes mais que um do mesmo, exigindo que voltemos o mais rápido possível ao ritmo frenético que DOOM Eternal sempre requeriu para termos sucesso. Parar é literalmente morrer. Felizmente, voltar à mentalidade de disparar e fugir é uma tarefa fácil de cumprir, bastando ambientarmos-nos de novo com os controlos e as mecânicas de destruição.
Os três mapas, UAC Atlantica Facility, onde podemos nadar no alto mar, mas não dar socos nos tubarões que nem nos ligam; The Blood Swamps, que introduzem uma planta mortífera, levando-nos a repensar estratégias; e The Holt, um labirinto infernal repleto de monstros; são gigantescos, com muito para explorar, inclusive novos segredos e coleccionáveis em sítios estranhos de lá chegar. De facto, completar um mapa demora, em média, pouco mais de uma hora, levando as coisas com calma e ir conhecendo a localização.
O foco ainda maior no combate tem um ênfase muito maior neste DLC, não só introduzindo novos monstros passivos, como a planta anteriormente mencionada, mas também na forma de alguns monstros poderem estar possuídos por um espírito, levando-os a serem mais fortes. Ah, e não esquecemos que a inclusão de monstros empoderados, vindo de uma actualização pouco depois do lançamento do jogo, poderá ser uma novidade para aqueles que não voltaram desde então. No fundo, somos nós contra todos, sempre, e a nossa sobrevivência depende das nossas capacidades e, por vezes, da nossa criatividade de escapar, de uma forma que nem Harry Houdini conseguia.
Alguns dos pontos mais chatos persistem ao longo do DLC, sobretudo a mecânica de plataformas, que nem sempre funciona, mas são compensados com longas batalhas intensas, de cortar a respiração.
Com isto, DOOM Eternal: The Ancient Gods – Part One nem parece ser um DLC no sentido tradicional dos dias de hoje, mas como as velhas expansões da década passada, abrindo mais a narrativa do jogo base e tendo toda a sua qualidade de jogabilidade e gráfica, que continua superba. No fim, se he Ancient Gods – Part Two, ainda sem data de lançamento, for tão grande quanto este, temos praticamente uma sequela de DOOM Eternal, algo que nos deixa muito felizes.
Nota Final: 9/10
DOOM Eternal: The Ancient Gods – Part One está disponível para Xbox One (versão testada), PlayStation 4, PC e Google Stadia, como parte do Year One Pass ou em formato standalone.
DOOM Eternal e os seus DLCs terão direito a actualizações gratuitas para a Xbox Series X e PlayStation 5, numa data ainda a confirmar.
[A Central Comics agradece à EcoPlay]
Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.