Jogos: Análise – Age of Empires IV
A franquia Age of Empires está de regresso, com o lançamento de Age of Empires IV a chegar a 28 de Outubro, a primeira entrada em mais de 15 anos.
Durante este primeiro contacto com o jogo, foi possível revisitar toda a mecânica familiar que a série já nos habituou, e que definiu um género inteiro quando o primeiro foi lançado em 1997, criando assim uma legião de fãs de jogos de estratégia em tempo-real, que ainda hoje perduram. Muito se passou, e evoluiu na última década e meia; não apenas a nível tecnológico, mas também na forma que o próprio género abordou dezenas de temáticas diferentes e vimos a dominação de Warhammer 40,000 a explorar o potencial de todas as suas séries, quase monopolizando os RTS nos últimos anos.
Naturalmente, Age of Empires IV é algo completamente distinto, sendo ele um jogo de teor histórico, dando a oportunidade de construir novas zonas povoadas, frequentemente conquistadas dos nossos inimigos, à medida que vamos explorando o mapa e as eras vão passando. A fórmula pode não ter mudado, mas não existe necessidade de alterar algo que já era quase perfeito, algo que se sente na jogabilidade e na forma que temos que gerir não só as pessoas, mas também os recursos e a construção de edifícios importantes para a sobrevivência.
No lançamento do jogo, estarão disponíveis 8 civilizações únicas ao nosso dispor, com dezenas de horas garantidas num contexto histórico, contando com vários segmentos audiovisuais narrados como se um documentário se tratassem, podendo o jogo também ser utilizado como uma ferramenta de aprendizagem. O design de som também é um dos aliados, não apenas nas funções do jogo, como também outros pequenos, mas importantes detalhes a terem uma grande atenção. É possível ouvir o próprio idioma a desenvolver-se perante os nossos ouvidos, à medida que a evolução dita as suas mudanças, e as batalhas serem acompanhadas pelos gritos intensos dos combates, tornando tudo muito mais imersivo.
Age of Empires IV não é um jogo cuja prioridade gráfica seja uma onde tudo tem que ter o mais ínfimo detalhe. Enquanto que os gráficos são bons, este é um jogo que facilita a sua acessibilidade, não apenas nos requerimentos mínimo – podendo ser jogado em máquinas mais antigas – como não intimida novos jogadores a explorarem o género original, capaz de os manter agarrados. Muito disto cai sobre um HUD informativo, e a construção não estar constrangida apenas à zona da povoação, podendo esta estar virtualmente em qualquer lugar do mapa, desde que permitido.
Balancear a gestão das povoações e as nossas tropas em combate nos diversos pontos do mapa, exige de nós um pouco de dedicação, onde os recursos materiais são tão importantes quanto os recursos humanos, seja em forma de aldeões ou soldados. Tudo está interligado e, subsequentemente, poderá decidir a o nosso progresso.
Num dos momentos da campanha, um grupo de soldados inimigo atacou uma das povoações que tinha construído com bastante atenção. Foi-me dada a opção de resolver a situação de forma diplomática, ao pagar ao povo inimigo uma tranche de ouro, ou optar pela vingança, e destruir e conquistar a zona deles. Com o sangue quente, escolhei a segunda opção, que rapidamente provou o quão pouco preparado estavam as minhas tropas para os enfrentar, e que acabou por mudar o meu propósito neste universo.
Com isto, esta primeira experiência em Age of Empires IV deu uma oportunidade algo nostálgica, desenvolvida para acolher não apenas os veteranos da série, como novos jogadores que agora têm uma versão actualizada para descobrir os caminhos da história de forma interactiva, proporcionando um jogo de estratégia em tempo-real sólido e que vale muito a pena pegar. Eventualmente, será possível entrar no modo multijogador e pôr à prova as estratégias contra outros jogadores, uma das grandes novidades desta quarta entrada. Até lá, é fazer história à vossa maneira, mas sempre bem pensada.
Nota Final: 9/10
Age of Empires IV chega ao PC a 28 de Outubro. O jogo estará disponível para todos os subscritores do Xbox Game Pass (PC) e Xbox Game Pass Ultimate.
O Central Comics agradece à Xbox Portugal.
Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.