Jogos: Análise – A Night at the Races, Golf Club: Wasteland, Yuoni e Tormented Souls
Hoje trazemos mais uma ronda de análises a videojogos. Aqui, iremos apresentar entre três a cinco jogos, e pequenas análises sobre os mesmos. Os jogos desta vez serão A Night at the Races, Golf Club: Wasteland, Yuoni e Tormented Souls.
A Night at the Races – PC, Nintendo Switch (Já disponível)
Começo a nossa ronda de análises com uma das obras mais peculiares que joguei nos últimos tempos. A Night at the Races é daaqueles jogos que nos deixa a pensar essencialmente no porquê de , na maioria das vezes, não conseguimos deixar algo por fazer e, faz-nos perguntar se a nossa sobrevivência depende dessa mesma acção.
É o que nos conta a história de A Night at the Races, onde temos que competir ilegalmente num torneio de jogos arcade para sobrevivermos, já que o prémio em dinheiro poderá ditar a nossa sobrevivência. Sim, um jogo dentro de um jogo não é nada de novo, mas, a forma como apresentam aqui acaba por ser curiosa, já que nós jogamos como o jogador, sendo necessário estarmos atentos aos desafios que são apresentados ao longo do jogo e, ao mesmo tempo, ao que encontramos ao nosso redor, tornando assim a narrativa única.
Em termos de jogabilidade, acaba por servir como um jogo de plataformas relativamente simples e, ao termos mais de 200 níveis para completarmos e continuarmos a avançar ao longo da história, acabamos por nos ocupar bastante com este jogo, tornando-se também um desafio competir nos rankings online (que são bastante reais!), tornando-se assim o jogo perfeito para mostrar a nossa mestria em termos de jogos de plataformas clássicos.
Resta concluir que, A Night at the Races é uma experiência completamente diferente do que estamos habituados mas, bastante agradável e que irá deixar os jogadores empolgados e sem quererem “pousar o jogo” para descobrirem o final da história.
Nota Final: 7/10
Golf Club: Wasteland – Nintendo Switch, PC, Xbox One, PlayStation 4 (Já disponível)
Contiuando nas experiências bizarras, apresento-vos Golf Club: Wasteland, um jogo que se apresenta inicialmente como um jogo de Golf em 2D mas que, na realidade, revela ser uma narrativa intrigante e um jogo de puzzles.
A Terra ficou completamente destruída e, os humanos que sobreviveram foram viver para Marte. Alguns anos depois começaram a regressar à Terra apenas para jogar golf nos seus destroços. Portanto, preparem-se para passar por cenários magnificos, como monumentos destruídos, museus abandonados e centros comerciais que desabaram para jogar algumas partidas de golf, enquanto conhecemos a história do Planeta e o que realmente aconteceu ali.
A verdade é que a jogabilidade, mesmo que aprimorada, não é o ponto principal deste jogo. A narrativa é o que nos realmente conduz e faz-nos querer jogar cada vez mais. O jogo explica através de três fontes principais o que aconteceu à humanidade, nomeadamente através da nossa personagem, que decidiu que era boa ideia voltar à Terra para um último jogo; a Radio Nostalgia que vamos ouvindo ao longo do nosso percurso, funcionando como a banda sonora do jogo. Esta rádio acaba por ser o elemento mais imporante da história, principalmente se tivermos em conta que, além de nos apresentar algumas músicas, também apresenta histórias de alguns dos sobreviventes que se encontram no Planeta Vermelho e, de certa forma, mostrando que nem tudo é um mar de rosas por lá e, por fim, existe um espectador secreto que nos vigia à distância. Mas quais serão as intenções desta misteriosa figura?
Golf Club: Wasteland trata-se então de um jogo que utiliza o Golf como uma desculpa, para passar uma mensagem poderosa que, à primeira vista pode ser mal compreendida, mas, depois com um pouco de pensamento sobre a mesma, poderá levarmos a levar a vida de uma forma completamente diferente. Um jogo minimalista com um efeito poderoso.
Nota Final: 8/10
Yuoni – PC, Xbox One, Xbox Series, PlayStation 4, PlayStation 5 (Já disponível)
Os últimos dois jogos desta ronda tem algo em comum: são ambos jogos de terror com uma aura promissora. Começamos por Yuoni, um jogo que volta a puxar pela narrativa e que promete uns valentes sustos. Promete mas, até certo ponto, não cumpre.
A atmosfera é aterrorizante, atenção! O facto de se passar no Japão nos anos 90 e sentirmos na pele o que é sermos forçados a jogar um jogo infantil de que não queremos fazer parte, acaba por fazer com que o jogador se sinta completamente derrotado na pele de Ai. E isto não é um jogo simples,já que mesmo parecendo um jogo de “escondidas” com uma mescla de “apanhada”, este jogo acaba por ser uma questão de vida ou de morte, já que os nossos inimigos são monstros que não queremos sequer ver nos nossos pesadelos.
Além disso, perante a história, também acabamos por sentir que as nossas decisões importam imenso, já que ao tomá-las podemos decidir que vamos ficar presos dentro do jogo para a eternidade. Mesmo, assim, apenas o ambiente é assustador porque, nem a história, nem os monstros fazem um bom trabalho a meter medo, pois são demeasiado básicos.
Por fim, também existe a questão de não nos podermos defender, algo que já foi visto em demasiados jogos e já deixou de ser novidade, tornando-se assim uma experiência aquém das expectativas. Um jogo apenas para fãs do folclore Japonẽs.
Nota Final: 5/10
Tormented Souls – PC, PlayStation 5 (Já disponível)
Gostava de dizer que temos coisas melhores a relatar sobre Tormented Souls, especialmente por causa do ambiente me lembrar um pouco aquele apresentado em jogos como Silent Hill e Alone In the Dark, mas, a verdade é que não tenho.
A história que parece tirada do primeiro conto de terror que apareceu à frente dos desenvolvedores, fala do desaparecimento de duas gémeas em Winterlake, que levou a nossa personagem Caroline Walker a investigar o ocorrido. O único problema é que acabou presa dentro de uma Mansão (onde é que já vi isto?!) transformada num hospital. A partir daí temos que continuar a nossa investigação.
Se há algo que merece o seu respeito é a forma como controla o jogo. Trata-se de uma espécie de controlos tank adaptados à forma atual de se jogar, levando a que dê para fazer algo de interessante. Fora isso, trata-se de um jogo que tenta beber inspiração a vários clássicos mas que, ao mesmo tempo, falha redondamente. Uma história pouco interessante, monstros que nem vale a pena falar e, a tentativa do susto fácil é hilariante.
Resta concluir que, Tormented Souls é um jogo a evitar ao máximo, dando até pena o potencial desperdiçado.
Nota Final: 4/10
Ficha Técnica:
A Night at the Races
Desenvolvedor: Mushy Jukebox
Editor: Nakana.io
Golf Club: Wasteland
Desenvolvedor: Demagog StudioTricore Inc.
Editor: Untold Tales
Yuoni
Desenvolvedor: Tricore Inc.
Editor: Chorus Worldwide Games
Tormented Souls
Desenvolvedor: Dual Effect, Abstract Digital
Editor: PQube
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.