Jogos: Alchemist: The Potion Monger – Análise
Alchemist: The Potion Monger é uma aventura leve e divertida sobre a criação de poções, onde assumes o papel de um aprendiz de alquimista numa ilha mística povoada por animais antropomórficos e monstros peculiares.
Jogo: Alchemist: The Potion Monger
Disponível para: Nintendo Switch, PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series
Versão testada: Nintendo Switch
Estúdio: Art Games Studio
Editora: Art Games Studio
A nossa aventura começa assim que chegamos à ilha, onde somos acolhidos na casa do próprio alquimista. Ali, desfazemos as malas com a ajuda do seu fiel cão – a quem podes dar um nome – num toque caloroso que confere um encanto especial ao jogo. Embora a ilha não seja extensa, oferece muitos recantos para explorar e NPCs para conhecer, com várias missões e histórias que dão ao mundo uma sensação autêntica, ainda que seja um pouco compacto.O estilo visual em tons cartunescos é vibrante e adequa-se perfeitamente ao tom familiar do jogo. Embora algumas áreas pareçam um pouco despidas, o ambiente geral consegue captar um mundo de fantasia envolvente, ainda que algo simples. Sempre que saímos de casa, somos imersos em ambientes vivos que convidam à interação, à coleta e, claro, à alquimia.
No seu núcleo, Alchemist: The Potion Monger gira em torno da arte de fazer poções. Com uma história simples, mas encantadora, o jogador recolhe receitas, procura ingredientes e volta ao caldeirão para experimentar. O processo de mistura de poções é bastante interativo, com um mini-jogo ao estilo QTE que traz algum desafio; um único ingrediente errado pode fazer o caldeirão explodir, mas, com alguma experimentação cuidada, é possível criar poções inesperadamente poderosas. Apesar de divertido, a interface de criação de poções pode, por vezes, parecer confusa e desorganizada, possivelmente devido a uma adaptação do PC para consola que beneficiaria de uma maior simplificação.
Além da criação de poções, Alchemist introduz um toque de combate, permitindo aos jogadores enfrentarem monstros com armas básicas de combate corpo-a-corpo. Infelizmente, o combate parece mais um extra do que uma parte essencial, e os encontros com monstros acabam por ser repetitivos e pouco profundos, carecendo do refinamento necessário para se destacar como uma componente relevante do jogo. Esta é uma área onde o jogo se afasta do seu ambiente confortável e de baixo stress.
A exploração, por outro lado, é simples, mas satisfatória. Ao explorar a ilha, interagir com personagens e colecionar recursos, há uma certa satisfação em descobrir novas receitas ou itens para decorar a sua casa. As visitas à vila permitem comprar mobília e decoração para dar um toque especial ao laboratório do alquimista, adicionando uma camada divertida para os fãs de jogos de gestão.
Um dos maiores destaques de Alchemist: The Potion Monger é o seu companheiro canino, sempre presente. Além de ajudar nas tarefas domésticas, o cão acrescenta um elemento adorável às suas aventuras – e sim, é possível fazer-lhe festas, o que já é motivo suficiente para alguns jogadores experimentarem o jogo. A banda sonora, composta por músicas leves e animadas, complementa o tom descontraído do jogo, acompanhando o jogador enquanto explora a ilha e experimenta no seu caldeirão.
Alchemist: The Potion Monger é um jogo acolhedor e familiar que convida os jogadores a mergulharem num mundo de alquimia e exploração. Apesar dos menus confusos e do combate pouco inspirado, o encanto do jogo sobressai na mecânica de criação de poções, no ambiente acolhedor da ilha e no adorável cão de estimação.
Nota: 6/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.