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Ditirambos – Volume 2 – Abismo

Chegou o segundo volume da Antologia de Banda Desenhada Portuguesa DITIRAMBOS, com 8 estórias de 10 autores nacionais, subordinadas ao tema “Abismo”.

Um ditirambo é um canto coral exortativo que nos chega da antiguidade grega. Nele, uma multitude de vozes une-se em homenagem ao deus Dioniso. É também uma antologia de banda desenhada de autores portugueses, cujas distintas técnicas e vozes narrativas obedecem, para além do mote, a um único requisito: 4 páginas.

O primeiro volume explorou o conceito de “Êxtase”, com as contribuições de Ricardo Baptista, Nuno Filipe Cancelinha, Diogo Carvalho, Raquel Costa, Francisco Ferreira e Sofia Neto.

No segundo volume – “Abismo”, juntaram-se as as novas vozes dos autores e ilustradores Joana Afonso, André Caetano e Carlos Drave e a autora Sónia Mota.

A diversidade técnica, narrativa e estilística faz deste volume um verdadeiro tesouro a descobrir, juntando nomes já consagrados da banda desenhada nacional a talentos emergentes.

A tiragem é limitada a 200 exemplares numerados.

A Antologia Ditirambos apresenta o segundo volume – Abismo no XVI Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja no dia 4 de Setembro, em horário ainda a confirmar.

CONTEÚDOS:

“Origma”, Joana Afonso

Joana Afonso, doutorada em Desenho pela FBAUL, onde é docente, faz também trabalho freelancer nas áreas de ilustração e banda desenhada. Rabisca desde sempre, mas oficialmente pode dizer que faz BD “a sério” há cerca de 10 anos. Desde então não tem parado de tentar fazer o que gosta.
“Origma” é o nome dado ao o abismo para o qual se precipitavam os criminosos em Atenas.
Foi a partir deste conceito que a estória se foi desenvolvendo, revelando-se também a oportunidade perfeita de colocar uma criatura mitológica à mistura.
Desta amálgama mitológica sai uma nova lenda: a de um Minotauro amaldiçoado, prisioneiro, desta vez, de um abismo. Após a criação dos personagens e dos estudos de página, as ideias foram fixadas em lápis azul, formato A3. Posteriormente foram finalizadas a tinta da china, sendo a legendagem e cor digitais.
A paleta de cores quentes, estabelece diálogo com o roxo, mais frio, contrastante.

“Abismo Criativo – Pt. 1”, Ricardo Baptista

Ricardo Baptista nasceu na Madeira em 1984. Licenciou-se em Medicina e faz banda desenhada regularmente desde 2017. O “Abismo Criativo” é uma história sobre o lugar para onde vamos quando não somos capazes de criar: o mundo escondido do
subconsciente materializa-se e as dificuldades mentais que nos assombram concretizam-se.
Foi este o ponto de chegada legado ao André Caetano, para que lhe desse sequência em cadavre exquis, na Parte 2.

O “Abismo Criativo – Parte 1” foi criado integralmente no programa Procreate do iPad, seguindo a formulação tradicional: primeiro a linha azul de esboço; depois arte-finalização a preto. Após a
cor, foi acrescentada a balonagem e a letragem.

“Abismo Criativo – Pt. 2”, André Caetano

André Caetano é um ilustrador com uma paixão por desenhar estórias.
Nasceu em Coimbra, em 1983, e quando começou a desenhar nunca mais parou. Licenciado em Design de Comunicação pela EUAC, desde 2008que trabalha como ilustrador freelancer, para várias editoras, revistas, empresas e organizações.

Foi desafiado pelo co-autor Ricardo Baptista para um exercício colaborativo de cadavre exquis. Ficou à sua responsabilidade a execução da segunda parte da estória “Abismo Criativo”.
Nesta, reflete sobre o exercício de funambulismo que é desenhar ao vivo e sobre a intensidade muito especial de, em retrospectiva, reviver o momento e recriá-lo com total liberdade.
O André esboçou, arte finalizou e legendou a sua história digitalmente, usando um Ipad Pro e a aplicação Clip Studio Paint.

“Mise En Abyme”, Raquel Costa (arte) / Nuno F. Cancelinha (argumento)

Em mais uma parceria criativa, esta dupla de autores lança mão do artifício de mise en abyme – visual e narrativo – para encontrar o espaço da memória como espaço de vertigem abissal.
Bebendo da estética hitchcockiana e ensaiando algumas referências à história da arte, do cinema e da literatura, perguntam-se: O que é a memória senão uma série de histórias dentro da estória que contamos a nós mesmos e aos outros?

As pranchas de “Mise En Abyme” foram esboçadas; arte-finalizadas; coloridas e legendadas digitalmente, usando o Procreate para Ipad Pro. A paleta de cores reduzida – servindo-se da harmonia contrastante entre os tons frios azuis e os quentes magenta e alaranjados – procura estabelecer uma atmosfera emotiva e evocativa, com notas de melancolia e surrealismo.

“Fissuras”, Diogo Carvalho

Natural de Pardilhó, faz parte do mundo da banda desenhada portuguesa desde o liceu, tendo vários trabalhos em publicações e livros. A solo, é o autor de “Cabo Connection”, “Obscurum Nocturnus” e “Free lance”. É professor do 1º/2º ciclo e tem trabalhos nas áreas de multimédia, TV, cinema, teatro e ilustração.

“Fissuras” é nome da sua estória e conta o início da ruptura da relação de um jovem casal apaixonado. Tudo por causa de um pequeno pormenor que estilhaça a ilusão de uma relação perfeita. A pequena fissura vai crescendo até se tornar num abismo metafórico entre os dois. “Fissuras” foi primeiro desenhado com uma lapiseira azul para o desenho em folhas A3 canson mix media 200 mg e depois foi arte-finalizado com tinta da china através de aparo, canetas e pincéis. Para a cor e a legendagem foi utilizado o formato digital.

“Titã”, Carlos Drave

Carlos Drave, natural e residente em Coimbra, é designer de formação e profissão, animador freelancer – tendo lecionado também nesta área –, ilustrador e repórter gráfico.
Para simplificar, e como adora desenhar, identifica-se presunçosamente com o anglicismo “visual storyteller”. Mas, no fundo, ele quer é fazer banda desenhada. “Titã” é uma estória que aborda o abismo de um potencial e muito literal fim da humanidade. Mais concretamente, é uma estória sobre aqueles que, nesse momento, terão que, em simultâneo, saber ver esperança onde ela pode já não existir, mas também enfrentar a ideia de que o fim pode tomar a forma de uma mudança assustadora do significado de humano.

A técnica usada na elaboração de “Titã” foi a do desenho digital. Sem cor ou meios tons, com muitas texturas, Carlos procurou assim transmitir a hostilidade de uma nova fronteira na expansão interplanetária, e a aridez aparente de um mundo que pode não ser aquele que as personagens procuravam.

“Abismos”, Francisco Ferreira (arte) / Sónia Mota (argumento)

Francisco sente-se desde muito cedo atraído pelo desenho e pelo mundo da banda desenhada.
Publicou no suplemento infantil “O Cantinho do Nicolau”, no jornal “O Comércio do Porto”.

Colaborou recentemente no fanzine “O Clemente” e na antologia “Ditirambos”. O Francisco gosta de rabiscar, de ouvir bons sons e de um bom final de tarde/noite. Desde a leitura de “Cortei as Tranças”, de António Mota, que Sónia nunca mais parou de sonhar.

Um dia, decidiu contar as suas próprias estórias. Colaborou recentemente no fanzine “O Clemente”. Continua a sonhar ainda hoje. Há no léxico médico um palavrão que na verdade são dois: Mioclonia Noturna.

Descreve o espasmo muscular que acontece, por vezes, durante o sono, e traduz-se numa sensação de queda. Ao choque desta experiência, segue-se, as mais das vezes, o alívio da realidade que se recompõe. Mas nem sempre. Nos sonhos, dizem, não se morre. O que não quer dizer que não nos possamos magoar. O lápis azul foi a ferramenta escolhida para esboçar, brushpen e caneta bic para arte-final.

“Espontâneas”, Sofia Neto

A Sofia faz e dá aulas de banda desenhada, desenho e ilustração.

Perto de chegar ao fim da tarefa infinita de cuidar de um jardim, António encontra um alçapão que deveria ter deixado fechado. “Espontâneas” foi desenhada com tinta da china e aparo sobre
papel, sendo a cor digital.

Todos os autores estarão também presentes para uma sessão de autógrafos.

Tiragem: Edição limitada,
200 exemplares numerados
Idioma: Português
Formato: 168 mm x 258 mm
Páginas: 52 páginas, cores / p&b
Capa: mole
Ilustração de capa: Joana Afonso
Edição de Autor

Venda por encomenda para o email ditirambosbd@gmail.com

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