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Diplomacy is Not an Option: são aos magotes!

Diplomacy is Not an Option
Diplomacy is Not an Option

O Central Comics abandonou a via diplomática e mergulhou de cabeça em Diplomacy is not an Option, o RTS/tower defense que mais tem dado que falar nos últimos tempos.

Jogo: Diplomacy is Not an Option

Disponível para: PC (Steam)

Plataforma testada: PC

Estúdio: Door 407

Editora: Door 407

Sinopse de Diplomacy is Not an Option

Diplomacy is Not an Option é um RTS com elementos de tower defense cuja ação decorre num mundo medieval de fantasia. Constrói a tua cidade, recruta o teu exército e ergue muralhas imponentes para te defenderes de hordas gigantescas de inimigos decididos a acabar com a tua raça.

Diplomacy is Not an Option é desenvolvido e publicado pela Door 407.

Análise TLDR de Diplomacy is Not an Option

Diplomacy is Not an Option conseguiu a proeza de me agradar em dois géneros de que gosto muito, mas que há algum tempo falham em apresentar qualidade: tower defense e RTS. Além de uma jogabilidade bastante satisfatória que combina diversos elementos estratégicos, apesar de permanecer simples de entender, o jogo acrescenta um bom nível de diversão através do humor que confere à sua narrativa e da intensidade de cada cenário, com uma escala insana de hordas de inimigos que nos atacam.

No geral, este é um título divertido que vai fazer as delícias de fãs de RTS, tower defense e estratégia em geral.

RTS & Tower Defense em larga escala!

História de Diplomacy is Not an Option

Num ligeiro desvio do percurso mais ou menos padrão em que começamos com pouco e lutamos para subir até ao topo, Diplomacy is Not an Option coloca-nos debaixo da coroa de nobre que herdámos do nosso papá, um pouco ao estilo nepótico de Trump. Seguindo esta mesma linha de oligarca sem um pingo de escrúpulos, a nossa vida resume-se a passar os dias sentados a comer e a beber, enquanto vamos esmifrando o nosso povo até ao tutano através de pesados impostos. Sem surpresa, o povo revolta-se e assim começa a nossa aventura enquanto tirano que tenta subjugar o povo.

Ainda assim, existe a possibilidade de passar para o lado do povo a certo ponto, numa linha de progressão de maior dificuldade. Mas, nos dias que correm, que graça tem estar do lado certo quando nos podemos ajoelhar perante um bando de rufias que nada mais tem em mente que não o próprio umbigo — que, coincidentemente, é onde a testa do povo vai bater repetidamente durante os próximos anos…

De resto, a narrativa é preenchida por muito e muito bom humor, o que nos ajuda a recordar que nem tudo neste mundo deve ser levado a sério e que há sempre espaço para nos divertirmos… apesar do espetáculo de horrores em que estamos metidos atualmente.

Jogabilidade de Diplomacy is Not an Option

A vertente RTS de Diplomacy is Not an Option é diversificada, mas fácil de dominar. Cabe-nos construir uma economia que sustente o nosso exército e nos permita desenvolver o nosso reduto, incluindo casas para acolher mão-de-obra, edifícios de recolha e produção de comida, madeira, pedra e ferro. Também podemos melhorar as nossas capacidades através de pesquisa.

Quanto ao exército em si, temos ao nosso dispor algumas unidades diferentes, cada uma com as suas capacidades, além de uns poucos feitiços que podemos usar em troca de pontos de magia (recolhidos ao destruir edifícios de camponeses). Até aqui, tudo normal e sem grande inovação. Porém, o melhor do jogo, na minha opinião, é mesmo a vertente de tower defense, já que o design dos mapas é excelente e obriga-nos a erguer as nossas defesas, incluindo muralhas e diversos tipos de torres, de forma estratégica e consoante a direção da próxima vaga de inimigos, por estarmos limitados aos recursos disponíveis.

Por falar em vagas de inimigos, ainda relacionado com o género de tower defense, penso que a verdadeira joia da coroa de Diplomacy is Not an Option é a escala gigantesca que as vagas de inimigos podem alcançar. Recordo-me de jogar Age of Empires III online e de ficar maravilhado nas partidas PvP 4v4 com batalhas de até 1600 unidades que quase me incendiavam o PC. Aqui, essa experiência assemelha-se a comparar o bailarico da associação de pensionistas de Linda-a-Pastora ao NOS Alive, visto que cada vaga pode alcançar vários milhares de unidades individuais em verdadeiras ondas intermináveis que as nossas imponentes defesas e magia mandam pelos ares numa mecânica extremamente satisfatória de observar que certamente deslumbraria qualquer Raymond Babbitt.

Aos magotes… pelos ares!

Gráficos e som de Diplomacy is Not an Option

Os gráficos, apesar de bonitos e de contribuírem para o humor, são algo ultrapassados e não diria que melhoram a experiência, mas concedo que cumprem o propósito.

Quanto ao som, está uns furos acima, especialmente pelas vozes e, lá está, a capacidade de impulsionarem o humor. Estes, sim, acrescentam à classificação.

Imponente.

Postas de pescada e um par de botas

Em suma, Diplomacy is Not an Option é um jogo que não se leva demasiado a sério, mas que tem a capacidade de entreter durante horas a fio por nos presentear com uma jogabilidade divertida e um design de níveis muito bem pensado, acompanhados por um humor de elevada qualidade.

Mesmo a 28,99 € (seria um preço mais simpático com menos 10 € em cima), recomendo Diplomacy is Not an Option sem hesitação.

+++

Humor, jogabilidade, design de níveis e escala das batalhas.

Alguns bugs menores (algumas construções não se realizam sem lógica) e desempenho (o jogo foi abaixo uma vez durante uma batalha gigante).

É outra escala!

Classificação: 7,5/10

Em última análise, mesmo quando escrevia esta frase, o preço acabou por me levar a retirar meio ponto à classificação, mas isto resolve-se se adquirirem o jogo durante uma promoção.

Para terminar, fica a dica indispensável: esqueçam tudo o que vos ensinaram acerca da decência e de ser boa pessoa, livrem-se dos vossos escrúpulos, ignorem o respeito pelo próximo e candidatem-se à presidência dos EUA.

Gameplay de Diplomacy is Not an Option:

Trailer de Diplomacy is Not an Option:

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