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Cinema: Crítica – X-Men: Fénix Negra (2019)

Chegámos à grande conclusão da saga dos X-Men antes de ir para as mãos da Disney. Será um final em grande?

X-Men: Fénix Negra, o remake de X-Men The Last Stand, tem a premissa ideal para trazer os fãs de super-heróis ao grande ecrã. Jean Grey /Phoenix (Sophie Turner) adquire poderes de uma dimensão nunca antes vista, pondo em causa o seu mundo e a estabilidade entre os X-Men. Será a vida de um membro mais importante que a do planeta?

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Focado na vida de Jean, o filme inicia-se com esta bastante jovem num acidente de carro com os seus pais, realçando a causa deste acontecimento e possíveis ligações com eventos futuros. De seguida, os X-men têm uma missão espacial e Jean absorve uma energia que amplificará os seus poderes, salvando assim a vida dos astronautas. Ao descobrir que o seu pai está vivo, a estabilidade entre os X-Men é posta em causa e se o professor Charles Xavier é efetivamente a pessoa de confiança que eles acham ser.

É sempre fascinante quando algum momento passado interfere nas amizades dos super-heróis, o qual já observámos em filmes como Capitão América: Guerra Civil. Além disto, sendo o oitavo filme da secção cinematográfica mais recente dos X-Men (incluindo The Wolverine, Logan e Deadpool 1 & 2) seria de esperar que a FOX soubesse os erros que cometeu em X-Men: Apocalypse e a razão dos dois x-men anteriores serem tão bem sucedidos, tanto a nível crítico como público.

Todavia, isto não acontece. Uma premissa bastante interessante acaba por ser ofuscada num argumento apressado e desembaraçoso escrito por Simon Kinberg que já teve os seus altos e baixos na sua longa filmografia com Jumper (2008), Sherlock Holmes (2009) , X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido (2014) e Quarteto Fantástico (2015). Enfim, é sempre inesperado o que vai sair das mãos deste produtor/escritor.

Apesar do elenco de luxo com nomes como James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Eva Peter e a adição da nova vilã, Jessica Chastain, Fénix Negra é um dos maiores decepções dos super-heróis do cinema. As personagens icónicas e misteriosas que os fãs já conhecem tão bem acabam por fazer parte de uma história desinteressante e que vai perdendo completamente o seu charme ao longo da narrativa.

Existe uma tentativa de introduzir sempre momentos visuais impressionantes sem criar um desenvolvimento coerente para que as ações sejam devidamente credíveis, fazendo com que o pior possível possa ocorrer num filme como este, a paródia aos super-heróis. Atualmente, já existe uma exigência alta do público em relação à qualidade visual dos poderes pelo que Fénix Negra peca completamente em ações simples como as de voar.

Contudo, sempre existem cenas que conseguem dar alguma relevância ao filme, como o encontro entre Magneto e Charles Xavier ou a oportunidade de rever os heróis Mystique, Cyclops, Nightcrawler, Storm e Quicksilver a utilizarem os seus poderes que quando são bem executados a nível técnico produzem cenas visualmente interessantes.

Por fim, resta mencionar que os diálogos são extremamente previsíveis. Desde o início da narrativa que o espetador já compreendeu que Jean tem medo dos seus próprios poderes, mas o filme insiste em trazer-nos a vilã mais genérica possível com falas como “A única pessoa aqui com medo de ti és tu” ou “Se não levas a cabo esta missão leva-la-rei eu.” Isto talvez resultaria se Vuk, a vilã, tivesse mais algum papel impactante no argumento, no entanto, limita-se a surgir nas pausas da história entre os x-men e a lançar estas falas desnecessárias que só prejudicam o foco principal do filme, nomeadamente a luta pela amizade e consciência de Jean a favor da continuidade dos X-Men e salvação do mundo.

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Em suma, Fénix Negra contém um argumento embaraçoso e previsível, que prejudica a filmografia dos atores e o trabalho excecional realizado para que esta saga durasse durante tantos anos. Infelizmente, não nos despedimos da saga da FOX em grande, mas sempre temos uma longa lista de 11 filmes para nos entretermos e esquecermos este final desapontante.

4/10

  • X-Men: Fénix Negra estreou a 6 de junho nos cinemas.

Tiago Ferreira


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