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Crítica: Super/Homem: A História de Christopher Reeve

No cada vez mais presente dialogo sobre o meta-género dos Super-Heróis no cinema, altamente influenciado pela “revolução Marvel” que vivemos nesta passada década, pelo glorioso “Cavaleiro Das Trevas” de Nolan, pelo continuado esforço da Sony por fazer os seus “Filmes do Homem-Aranha sem o Homem-Aranha”, existem muitos que se focam em registar o erguer e a queda do Spandex na Sétima Arte.

Sony trouxe-nos os “eventuais filmes de culto” como os fantásticos Morbius e Madame Web, já a saga Venom (prestes a fechar portas!) conseguiu mostrar-nos que, estatisticamente falando, tinha que haver pelo menos um filme bom.

Gunn trouxe-nos as famílias improváveis, numa altura em que os filmes já começam a sair prensados, escritos por comité.

Antes tivemos Nolan, Raimi, tantos outros igualmente louváveis. Sim até os Batman de Burton e Schumacher.

Mas, sem descontar West em 66, o grande primeiro blockbuster a originar da banda desenhada, o digno de estudo (nem que seja pela anti-representação de Brando) é de 78, e chama-se Super-Homem.

Super/Homem

A mão de Richard Donner, principal responsável pela qualidade deste filme (comprovado pelas sequelas), foi a mesma que escolheu um ator relativamente desconhecido para protagonizar o Homem de Aço (a não confundir com o messias da atual concorrência).

Christopher Reeve saltou do Teatro para as longas-metragens, tornando-se um ícone da cultura pop do dia para a noite. Mas como George Reeves antes dele, a história do Super-Homem viria a amargurar.

Muitos consideraram o seu acidente como o início do fim para Reeves, e na altura acredito que tudo apontasse para tal, mas o ator encarou a década seguinte como um recomeço, mostrando-nos que a resiliência também é um superpoder.

Em Super/Homem: A História de Christopher Reeve a dupla Bonhôte e Ettedgui esforçou-se por criar uma coesa e completa homenagem à vida e obra do ator, intercalando relatos e entrevistas com imagens de arquivo de forma a melhor nos transportar para a história.

De principal foco, as mensagens dos filhos que, após a sua morte, tem vindo a continuar a missão de vida de Christopher e Dana Reeve.

Um documentário digno de estudo, não só pela matéria, como pela apresentação.

Classificação: 8/10

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