Crítica: Stormwatch #9
Na DC, como em outras editoras, existe uma linha editorial que define o que é editado em cada revista e em alguns casos é normal que existam pontos em comum entre os diferentes títulos, no sentido em que alguns acontecimentos de uma revista tem consequência noutra revista da mesma editora.(Clica nas imagens para ampliar)[fbshare]
Foi o que aconteceu esta semana com 2 títulos.
A revista Red Lanterns #9 tinha um acontecimento que remetia para Stormwatch #9 (ambas as revistas lançadas no mesmo dia e escritas por Peter Milligan) e isso levou-me a ler pela primeira vez Stormwatch.
A leitura deste comic é fácil e não requer grande conhecimento do que se passou nas revistas anteriores, talvez seja uma tentativa de atrair os fãs de Red Lanterns e Green Lantern para este título.
Em traços gerais podemos dizer que existe uma apresentação dos vários personagens que posteriormente se juntam em França para investigar o aparecimento de um misterioso artefacto com cerca de 300 anos e que se julgava não existir.
Este acontecimento dá o mote para uma explicação um pouco mais detalhada da historia desta organização. Ficamos a saber que esta já existe há vários séculos e que, salvo um curto período de tempo, sempre foi uma organização secreta que protege a terra das ameaças de extra-terrestres.
Peter Milligan foi muito hábil na forma como abordou o secretismo desta organização porque ao mesmo tempo também abordou a homossexualidade de uma das personagens (Apolo). Desde as primeiras páginas que se nota que Apolo está com algum problema, mas só no fim da revista, e depois de se perceber por que motivo Stormwatch é uma organização secreta, é que se percebe o motivo pelo qual Apolo esta tão susceptível a conflitos.
Como nota final parece-me importante abordar a mais recente polémica acerca de uma nova estratégia de marketing da DC. Recentemente anunciou que uma das suas personagens vai ser retratada como homossexual. Não deixa de ser curiosa a polémica toda gerada em torno desta opção editorial, principalmente tendo em conta que Alan Scott (a personagem que se assume como Gay na revista Earth 2) não será a primeirapersonagem com esta orientação sexual, uma vez que existem várias outras na DC, na Marvel e na Image e não se tem visto tanta polémica.
Será uma boa estratégia na medida em que as personagens homossexuais não têm grande relevo na linha editorial da DC e por isso não vão afastar os leitores mais homofóbicos. Por outro lado pode atrair alguns leitores que se identifiquem mais com esta opção.
E já se sabe que não interessa se se fala bem ou mal, o que interessa é que se fale/escreva.
Nota 7 em 10
Nelson Vidal
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Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.