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Cinema: Crítica – O Guarda-Costas e a Mulher do Assassino

Da saga de sequelas que ninguém pediu, chega O Guarda-Costas e a Mulher do Assassino, que capitaliza no sucesso do filme anterior, ao juntar Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson e nas suas personalidades curiosas, com um thriller que causou o caos pela Europa.

Desta vez contamos com uma maior presença de Salma Hayek como a mulher do assassino, onde o trio vai voltar a causar destruição no velho continente.

Após os eventos do filme anterior, Michael Bryce (Reynolds) perdeu a sua licença de guarda-costas e decide fazer umas mini-férias pela Itália, para recuperar alguma da sua paz interior. Isto até que Sonia Kincaid (Hayek) o arrasta de novo para a acção, com ela e o seu marido, Darius Kincaid, são postos numa missão para salvar a Europa do terrorista grego Aristotle Papadopolous (Antonio Banderas), que tem intenções muito maliciosas.

Naturalmente, o filme apoia-se muito na química dos seus protagonistas e as suas versões exageradas de si mesmos quer ser o seu ponto mais forte. Acontece que perde a piada com uma rapidez impressionante, entre o uso e abuso de profanidades e um argumento tanto ou quanto fútil, incapaz de salvar seja o que for.

É durante duas horas que, com bastante dificuldade, aturamos a choradeira destas pessoas que se metem em situações de risco por pura diversão, onde ninguém tem um único pingo de senso comum ou vontade de sobreviver todo o sofrimento que passam. Por mais que tente ser engraçado, quase tudo sai pela culatra, frequentemente passando a linha do absolutamente desnecessário. Não, não precisamos de ouvir em grande detalhe como Sonia e Darius estão a tentar procriar um filho, onde cada palavra e meia é um palavrão.

Por outro lado, a introdução de personagens novas, como Frank Grillo no papel de um agente da Interpol, Bobby O’Neill, junto com Morgan Freeman como Senior e Banderas, num papel muito bizarro, só causa mais estragos que propriamente adiciona à dinâmica do já elenco de luxo. Isto não é surpreendente quando consideramos que a obra é realizada por Patrick Hughes, o mesmo do terceiro filme d’Os Mercenários, que também juntou uma panóplia de estrelas de acção.

Dito isto, estamos perante um filme que é mais frustrante que divertido, onde muito se vê e se ouve, mas nada tem qualquer tipo de impacto duradouro. Pela altura que saímos da sala de cinema, a vontade de pedir o dinheiro de volta será muita, mas há lições que se levam para a vida e esta é uma delas. Ou podem ir escolher outro filme e não se sujeitarem a tal experiência.

Nota Final: 2/10

https://www.youtube.com/watch?v=DSp6c3QIMNM

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