BD: Crítica – Legends of the Dark Knight #2
Aquando do lançamento das novas séries “The New 52”, a DC Comics lançou outras fora desta timeline nova. Uma dessas séries é “Legends of the Dark Knight”, uma série que começou apenas por estar disponível no formato digital, mas a editora decidiu lançar novas histórias em formato de papel.[fbshare]
Se o issue 1 trouxe um conjunto de histórias alternativas, já o este segundo número aposta apenas numa história. O objectivo passa por editarem histórias curtas e fechadas e dar espaço aos autores para “brincarem” com o universo de Batman e fazerem algo de diferente e original. Neste caso, a oportunidade foi dada a B. Clay Moore com a arte de Bem Templesmith, numa história onde várias figuras públicas importantes de Gotham vestem-se de Batman e são atraídas para armadilhas e a eventual morte. Pela capa podem ter uma ideia de quem poderá estar por detrás destes estranhos acontecimentos.
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Embora a história se encaixe no universo de Batman, esperava que o argumentista escrevesse algo não tão linear e tão parecido com muitas histórias deste herói. Não tem um twist particularmente interessante e salva-se praticamente os diálogos (começa bem com “I’m the gosh-darn Batman!”). B. Clay Moore aprendeu bem a lição e está lá tudo o que se espera de uma história com o Batman, mas falta algum cunho pessoal, algo mais arriscado. Pode ter sido condicionado pela DC Comics para não extrapolar, mas ao reler o primeiro número convenço-me cada vez mais que podia ter arriscado.
Já Ben Templesmith, conhecido pelo seu excelente trabalho em Fell e 30 Days of Night, cumpre e dá o tom certo ao longo das páginas: a constante chuva, ambiente soturno, sombrio, assustador, um estilo mais livre e exagerado (parece que estamos a ler a história através dos olhos de Joker ou de algum lunático parecido) e uma palete de cores (sobretudo os vermelhos de sangue) que rasga os tons sujos e cinzentos de Gotham.
Esta é sem dúvida uma série que serve aqueles que gostam de histórias soltas deste herói e procuram algo fora da vasta variedade que Batman tem em “The New 52”. E como as histórias são fechadas, não são obrigados a seguir número a número para perceber o que se passa. E como é comum nestas séries, vão existir números bons e outros menos bons. Este, vale apenas pela arte.
7/10
Miguel Peres