Crítica: Earth 2 #1

A Earth 2 é a BD usada pela DC Comics para servir de limbo às velhas lendas da editora. Já foi o mundo paralelo de antigos membros da Justice Society of America, personagens esses que foram afastados do Novo 52. A história desse universo está agora nas mãos de James Robinson, o responsável máximo do êxito que a própria Justice Society of America voltou a ser entre 2009-2011. Essa BD ficou depois fora dos planos da DC, coisa que não acontecia desde 1999. Robinson é ainda conhecido pelo seu trabalho em Starman e The Golden Age nos anos 90. [fbshare]

Ora a história de Earth 2 abre com um recuo de 5 anos, num mundo onde os únicos heróis vivos são Mulher Maravilha, Batman e Super-Homem. Estes heróis combatem corajosamente os exércitos de Apokolips. A vitória é conseguida, mas a terra perde esses três heróis, que se sacrificaram em nome da derrota do inimigo. Apercebemo-nos que estamos perante um universo completamente alternativo quando Huntress aparece como filha do Batman, e melhor, vestida de Robin.

Ainda assim o argumento é sólido o suficiente para nos manter presos à série. Mas Robinson gasta demasiado tempo a explicar o que aconteceu ao planeta. No fim sobram-nos 7 páginas para ficarmos a conhecer os novos heróis, que vão passar a compor a histórica daqui para a frente. Robinson decide dar demasiado destaque a personagens que já sabíamos que iam morrer à partida. A nova fornada de super-heróis não é muito perceptível no primeiro capítulo, já que nos é só apresentado as suas vidas desastrosas enquanto civis, mas que estão prestes a dar uma volta de 180° como heróis.

Quanto à arte o trabalho é impecável. Nicola Scott vem dar mais vida e cor a um mundo dominado por homens. A percepção desta senhora em Earth 2 é notável, em detalhes nos cenários e nos pormenores dos personagens. A arte é completada por Trevor Scott, que vai dando tinta aos contornos de Nicola.

Classificação: 7/10