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4 à lupa na Switch: Cricket Through the Ages, 10 Seconds to Win, Empty Shell e Flightpath: Adventures in Venaris

Switch

O Central Comics experimentou Cricket Through the Ages, 10 Seconds to Win, Empty ShelleFlightpath: Adventures in Venaris, quatro novidades para a Nintendo Switch. Eis o que pensamos de cada um dos títulos.

Cricket Through the Ages (Switch)

Começamos esta ronda de análises com um pouco de humor. Cricket Through the Ages é um jogo de espírito leve baseado em física ‘marada’ e numa grande dose de humor, desenvolvido pela Free Lives e distribuído pela Devolver Digital.

No início dos tempos, a humanidade encontrava-se ameaçada por inúmeros perigos contra os quais não conseguia combater, até que, certo dia, descobriu a solução para todos os seus problemas: o críquete!

Num sistema de 1v1 que torna este jogo ideal para ser jogado a 2, existem dezenas de cenários à tua espera e onde vais encontrar as situações mais absurdas, desde dinossauros vs. jogadores de críquete, passando por astronautas vs. bolas de bowling, até à rainha de Inglaterra vs. um esgrimista olímpico (sim, a sério). Contudo, tenho de deixar aqui a minha humilde opinião em como esta mecânica única de jogar com um ou dois botões depressa se torna aborrecida, restando apenas o humor absurdo de cada cenário distinto, que também acaba por saturar.

Os gráficos e os sons são simples e também remetem para a atmosfera absurda que Cricket Through the Ages pretende criar. Não diria que influenciam a qualidade do jogo, positiva ou negativamente.

Cricket Through the Ages é um pequeno jogo de nicho dirigido a um público específico. Não me parece que este seja um jogo para enterrar dezenas de horas, mas penso que é capaz de entreter durante um pouco, especialmente se jogado a dois.

Cricket Through the Ages está disponível a 7,99 €.

Classificação: 6,5/10

10 Seconds to Win! (Switch)

Em segundo lugar, saltamos para as plataformas em 10 Seconds to Win!, um jogo contra-relógio desenvolvido pela Vergiu Games e distribuído pela Eastasiasoft.

Sem qualquer história que nos dê contexto ao herói com quem jogamos, podemos passar imediatamente à jogabilidade.

A mecânica de 10 Seconds to Win! é relativamente simples e o título é um grande spoiler: neste simples jogo de plataformas, temos 10 segundos para terminar cada nível, que consiste numa simples travessia de um lado para o outro. Para tal, podemos saltar, deslizar no ar e trepar paredes. O jogo afirma ter 100 níveis para completar, porém, na realidade, jogamos 50 curtos níveis que, quando terminamos, voltamos a jogar, mas no sentido inverso.

Em termos de gráficos e som, o jogo também não brilha por aí além, mas também não falha redondamente. No departamento dos gráficos, a arte seguida é apelar ao estilo retro dos anos 80, sem grande esforço investido. Já no que toca ao som e à música, há aqui uma oportunidade perdida ao não criar dicas auditivas que acompanhem a premissa do jogo, permanecendo simples e rapidamente esquecidos.

Na minha humilde opinião, trata-se de um título simples e pequeno, que pode apelar a fãs mais obstinados do género de plataformas. 10 Seconds to Win! está disponível para a Nintendo Switch por 4,99 €.

Classificação: 5/10

Empty Shell (Switch)

Prosseguimos com um roguelike de terror psicológico — Empty Shell foi desenvolvido pela CC ARTS e distribuído pela Hyperstrange.

Num passado alternativo e distópico, o Japão interditou o acesso a uma das suas ilhas após um acidente numas misteriosas instalações envoltas em segredo. No jogo, vestimos as peles das várias pessoas, de todos os géneros, feitios e idades, que são enviadas para investigar a situação e explorar o local. A cada partida, vamos recolhendo pequenas pistas sobre o que verdadeiramente aconteceu, assim como sobre a verdadeira natureza das instalações e do que lá se fazia.

Empty Shell é um top-down shooter roguelite completamente fiel a cada um destes géneros e carregado de ação imersa numa atmosfera de terror. Em toda a honestidade, os controlos da Switch parecem-me perder para o teclado e o rato do PC neste tipo de jogo, já que não são tão fluidos quando toca a apontar e disparar. Com um nível de dificuldade acima da média, o jogo consegue muito bem fazer-nos voltar para jogarmos outra partida através das pequenas migalhas que nos vai dando para podermos montar uma história muito interessante.

Contudo, o verdadeiro destaque deste jogo é, na minha opinião, o seu estilo artístico minimalista apresentado numa vista top-down. Não sei se toda a gente vai gostar da escolha artística com gráficos de palete de cores muito reduzida, quase a emular câmaras de segurança de fraca qualidade e mal posicionadas. Eu adorei, já que a arte e o som, em conjunto, conseguem transmitir uma sinistra atmosfera de terror que me fez jogar sempre de ombros encolhidos e em sentido, com o ecrã colado à cara a perscrutar o mapa inteiro em busca dos assustadores monstros mutantes que podiam sair de qualquer lado.

Os fãs de roguelites e dos géneros de terror/terror psicológico vão adorar este título disponível para a Nintendo Switch por 15,99 €.

Classificação: 7,5/10

Flightpath: Adventures in Venaris (Switch)

Terminamos a ronda com um shmup de naves. Flightpath: Adventures in Venaris é um shoot’em up vertical e de geração procedimental desenvolvido pela Illogic Games e distribuído pela Eastasiasoft.

Venaris é um pequeno sistema planetário assolado por uma organização criminosa conhecida como “Sindicato”, que tem todas as autoridades corruptas no bolso. Sem ninguém que lhe faça frente, cabe aos nossos heróis pegar nas suas naves personalizadas e partir para o combate.

A jogabilidade decorre em níveis de geração procedimental ao longo de um percurso definido consoante o personagem com que jogamos e as escolhas que vamos fazendo. O nível de dificuldade varia consoante o estilo de jogo, no sentido em que, além de o personagem que escolhemos ter as suas próprias características específicas, também existem lojas em que vamos parando para efetuar melhorias na nave, onde temos uma escolha muito variada para personalizar a nave como pretendermos. O ritmo de jogo é frenético e a ação é muito boa, porém, devo referir que me deparei com alguns problemas de desempenho, nomeadamente frame drops acentuados, sempre que o ecrã se preenchia com inimigos, tiros e explosões.

Em termos de gráficos e som, o jogo está acima da média, com um estilo moderno e bem desenhado, acompanhado por sons que acompanham o ritmo da ação. Contudo, também neste campo encontrei alguns problemas, particularmente no ajuste das imagens ao ecrã — por vezes, parecia que algumas imagens com partes cortadas não tinham sido criadas para o tamanho de ecrã da Switch.

No geral, apesar de alguns problemas relevantes, Flightpath: Adventures in Venaris é um jogo divertido e com um bom potencial para ser jogado novamente devido à personalização e aos diversos percursos que se podem tomar.

Classificação: 6,5/10

Para terminar, fica a dica indispensável: quando jogarem na Switch, joguem com auscultadores… porque ninguém à vossa volta quer estar a ouvir-vos matar monstros ou jogar críquete.

Plataforma testada: Nintendo Switch

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