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Cinema – Crítica: xxxHolic

xxxHolic tem agora uma adaptação live-action para cinema. Mas será que este clássico das Clamp reaviva a nostalgia?

  xxxHolic

xxxHolic é uma daquelas séries do coletivo Clamp que acabou por fazer sucesso atrás de sucesso e tal pode ser visto através das suas múltiplas adaptações. O mangá original acabou por fazer com existissem filmes de anime, uma série de anime, uma minissérie live-action e até uma peça de teatro que esteve em exibição o ano passado. Agora, quebra a grande barreira, chegando à sétima arte pelas mãos da realizadora Mika Ninagawa.

A história que nos é contada (e já é conhecida pela generalidade dos fãs da série) é a de Watanuki (Ryûnosuke Kamiki) que vive uma vida de terror, pois consegue ver fantasmas e a alma podre das pessoas. Por alma e obra do destino, porque “tudo o que acontece, acontece” por alguma razão, palavras do filme, Watanuki acaba por encontrar a loja de desejos de Yuko (Ko Shibasaki) que se dispõe a ajudá-lo por um preço. Porém, acaba por tomá-lo como um aprendiz e seu mordomo. Temos aqui o início de uma história cheia de aventura e com momentos assustadores que acaba por tocar um pouco no sobrenatural e na manipulação do destino da humanidade.

xxxHolic

Falando agora do filme em si, a realidade é que conhecendo um pouco do material que foi utilizado como base para esta película, acabou por se tornar um pouco uma desilusão. Estamos a falar de uma obra que já terminou há quase 10 anos, por isso, ao invés de adaptarem toda a série para um filme seria mais simples tentarem fazê-lo numa saga, pois assim poderiam contar todas as histórias que encontramos ao longo do mangá, a obra original.

Porém, devo referir que os atores e os visuais dos mesmos são quase perfeitos. É possível identificar as personagens antes delas se apresentarem, o que acaba por tornar a experiência mais divertida, tanto para fãs mais antigos, como para curiosos que tropeçaram neste filme e agora querem conhecer mais. Visualmente, é um filme fantástico, tal como os japoneses já nos habituaram e em alguns planos consegue mostrar uma imersão imensa. A história, no entanto, tal como já dito acima, é demasiado apressada e parece que quiserem colocar o máximo de material possível dentro de um filme de quase duas horas de duração, fazendo com que pareça uma mistela um pouco esquisita, por vezes.

xxxHolic

Depois de divagar ao longo desta crítica, concluo que xxxHolic é um filme divertido para os fãs da série que irão encontrar alguns dos momentos mais importantes do mangá aqui descritos, mas não funciona como um ponto de entrada para os curiosos e potenciais novos fãs.

Nota Final: 5/10

xxxHolic foi a Sessão de Abertura da 42ª edição do Fantasporto. Irá ser exibido novamente a 6 de abril.

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