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Cinema – Crítica: Vingadores: Era de Ultron (2015)

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Avengers Age of Ultron[o intro da Marvel Studios começa; o barulho é ensurdecedor]
[com a voz do Bruce Campbell] Senhoras e Senhoras, este é o começo oficial da sessão de blockbusters de 2015!
De Burbank, California, pesando 279.9 milhões de dólares, representando a Marvel Studios e sequela ao campeão de Pesos Pesados de 2012 – Vingadores: A Era de Ultron![fbshare]
[os vários multiplexes pelo mundo fora explodem de entusiasmo e alegria]
E o seu adversário, de partes desconhecidas… Bone Saw McGraw!
[grilos dão o seu grito de apoio]

É melhor não me perder com muitas introduções e deixar o meu desejo de ser o Bruce Buffer de lado e começar a escrever algo digno do teu tempo, [inserir nome aqui] – o fã nº1 da Marvel!

Joss Whedon junta os seus Vingadores pela última vez (os irmãos Russo terão que trazer uma cadeira extra quando começarem a sua Infinity War) depois de ter mostrado a 2012 quem é que mandava no planeta Terra com o final da primeira fase do Marvel Cinematic Universe – a mãe e o pai de todos os crossovers cinematográficos que foi o primeiro Vingadores.

Repetindo a fórmula original e subindo a fasquia até 11, Whedon abre o filme com uma espectacular sequência de acção na fabulosa cidade de Sokovia que nos re-introduz os Vingadores da melhor maneira possível (agora uma equipa coesa a operar à margem da S.H.I.E.L.D.) ao mostrar a invasão a um dos quartéis da Hydra e do Barão Wolfgang von Strucker (Thomas Kretschmann) para mais uma vez reaver o ceptro de Loki (onde estás tu, capitão Blazkowicz, quando precisamos de ti?). Sem querer estragar muito, não está muito longe do que veríamos num Bond clássico.

E é neste ceptro que Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) com a ajuda de Bruce Banner/ Hulk (Mark Ruffalo e a voz do lendário Lou Ferrigno) encontra algo essencial para completar a sua iniciativa “Ultron” (mais tarde com a voz de um excelente James Spader). E assim, o caos se inicia.

Se gostaram da química do elenco no primeiro filme, esperem até ver o que Whedon nos entrega desta vez. Os zings, os one liners, as deixas e a maior parte dos gags funcionam com o timing necessário e todo o elenco parece aproveitar ao máximo os papéis uns dos outros.

Não haverá espaço para grandes desilusões com o trabalho de Chris Hemsworth e Scarlett Johansson (especialmente na sua relação com o Grande Monstro Verde), mas o verdadeiro destaque vai para Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans) e Cliff Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) que vêem um upgrade nos seus papéis (especialmente o alter-ego de Barton).

star wars o lobo mauSem contar com o Barão (que tem um grande momento no inicio do filme), os vilões são outro combo vencedor do filme.
James Spader está fantástico como Ultron, conseguindo ser ameaçador quando precisa de o ser, mas ainda assim com algumas das melhores linhas de diálogo de todo o filme. Sem dúvida que será um dos vilões mais divertidos do ano!
A sua equipa completa-se com os gémeos Wanda (Elizabeth Olsen) e Pietro Maximoff (Aaron Taylor-Johnson) ou Scarlet Witch e Quicksilver (num take completamente diferente do de Evan Peters em Days of Future Past).

Na sua segunda aventura, Whedon oferece-nos uma realização mais equilibrada e sólida, mas ainda com muitas das suas características e um sentido de acção positivamente cinético (felizmente não abusa no snap zoom como Zack Snyder no Man of Steel) e a sua escrita continua razor sharp e sempre muito, muito divertida.

Pontos negativos? Por mais excitante e explosivo que o clímax seja, envolve (novamente) uma cidade a ser destruída. Talvez seja altura de pensarmos noutra resolução para os nossos filmes de super-heróis. Ou talvez não, não sei.
É também por aqui no clímax que o Hulk fica subitamente fora do filme para depois aparecer no final. Estranho, muito estranho.

Mas críticas à parte, poucos serão os fãs da Marvel que não estejam em reservas de saliva por este Era de Ultron. Com um elenco e um realizador/escritor em topo de forma, também serão poucos aqueles que sairão zangados com Whedon & Companhia.
Mas vá, vão ver o filme antes que recebam um forte pontapé nas vossas Jóias do Infinito!

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PS: Freaks e geeks, esqueçam a cena a meio dos créditos! A verdadeira surpresa está no filme!

Tiago Laranjo

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