Cinema – Crítica: Tomb Raider (2018)
Estreia amanhã o novo TOMB RAIDER! As expectativas estão muito elevadas, mas será que o filme faz jus a tanto entusiasmo? O Central Comics já foi ver…
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Quando o seu pai desapareceu Lara Croft(Alicia Vikander) herdou uma fortuna imensurável, no entanto, convencida que ele ainda está vivo algures Lara embarca numa viagem rumo à remota ilha de Yamatai onde a maldição de Himiko fora sepultada.
Acompanhada por Lu Ren(Daniel Wu) e com Mathias Vogel(Walton Goggins) no seu encalço cabe a Lara descobrir o paradeiro do seu pai e salvar o mundo da extinção às mãos de Himiko.
Vikander faz um papel espetacular, sendo sem sobra de dúvida superior à interpretação de Jolie, mas tal também se pode atribuir ao Argumento, adaptado do recente videojogo que revitalizou a franquia.
Ao realizador Roar Uthaug deixo em simultâneo a minha aprovação e o meu desdém, o Norueguês a estrear-se em Hollywood não deu tréguas à equipa, e no que toca a paisagens e cenários o público está muito bem servido, o Templo escondido de Himiko é tenebroso sem perder os traços da arquitetura Japonesa, não exagerando na sua construção, afinal de contas estaria escondido. Infelizmente o Cineasta herdou muitos dos maus hábitos do cinema de ação, a iluminação mal conseguida, os planos demasiado rápidos ou mal enquadrados e uma sequência no inicio do segundo ato que conseguiu causar dores de cabeça e que pode mostrar-se problemática para os epiléticos fotossensíveis. São situações esporádicas e no geral o filme vê-se bem, mas acabam por arrastar um pouco a qualidade do mesmo.
Por fim gostava de mencionar o maior problema do filme, Tomb Raider é feito com sequelas em mente. Todo o filme acaba por contar-nos o início duma aventura e não uma aventura completa, apresenta-nos Lara e mostra-nos a evolução da mesma, mas a Ameaça propriamente dita não só é indiretamente causada por ela como também acaba por saber a pouco… Goggins fez o melhor que conseguiu, mas já no papel Vogel era um vilão medíocre e pouco carismático, em termos de videojogos diria que é um “mini-boss”, até Daniel Craig fez melhor no Tomb Raider de 2001. Acabamos por vê-lo mais como um “empregado” do que propriamente como um vilão. No final do filme ainda temos, não uma nem duas, mas três cenas inseridas só e apenas para apelar à sequela.
É um filme cujo principal erro é a sua insistência em ser um primeiro capítulo, mas não deixa de entreter o público. Até agora um dos melhores filmes adaptados de videojogos, não que isso seja muito difícil.
7/10
-Henrique V.Correia
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