Cinema: Crítica- Star Wars: Os Últimos Jedi
Está a chegar aos cinemas “Star Wars: Os Últimos Jedi” o oitavo capitulo da maior Saga do Cinema, mas será que faz jus à franquia ou cai nas tentações do Lado Negro?
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Começo com um pequeno prefácio ao estilo de crónica para me apresentar honestamente ao leitor, porque compreendo a minha experiência neste filme como parcialmente subjetiva e quero tirar isso a pratos limpos.
Sou, sempre fui e sempre serei um fã desta “Guerra das Estrelas”, foi a primeira amostra de Sci-Fi à qual fui submetido e transporto-a no peito vá para onde for. Sejam os filmes, as BDs, seja ir ao parque com um sabre-de-luz andar à broa com os meus amigos. Com isto em mente irei então começar com a sinopse.
Imediatamente após os eventos do episódio VII encontramos a Resistência a evacuar a sua base, tendo sido encontrados pela Primeira Ordem. Entretanto em Achtoo, Rey apresenta-se a um velho Luke Skywalker na esperança que o mesmo volte para a frente de batalha com ela.
Sem Spoilers é com isto que nos contentamos, existem novas e velhas personagens, algumas bem aproveitadas e outras nem por isso.
O filme sofre ainda de problemas de ritmo e reviravoltas. Pessoalmente encontrei-me apaixonado por personagens como o Poe Dameron e a Rose, mas por outro lado sofri uns quantos desgostos com todos os “mauzões” da Primeira Ordem… sim são “maus”, não significa que a escrita dos mesmos também o seja… Hux é um frustrado, Kylo idem aspas, a Phasma é mal aproveitada e o Snoke idem aspas. Sei que passou pouco tempo desde o Sétimo Capítulo mas isso não desculpa os tratamentos dado às personagens que continuam a ter um enorme potencial.
O filme continua com o habitual “Bom contra Mau”, algo que Finn devia ter alterado ainda no último filme, adicionalmente todo o seu caminho como personagem conseguiu ser desvalorizado por uma única frase, isto é mau…
E no entanto é bom! Apresenta-nos planetas que já conhecíamos por alto, conceitos antigos e reinventados, existem parecenças com os outros filmes, mas não é de todo um “re-threading” dum episódio anterior, como alguns acharam d'”O Despertar da Força”.
Em termos técnicos é soberbo, os efeitos, os cenários, as personagens, os designs, tudo grita “Star Wars”, as coreografias e sequencias de ação também têm muito mérito. Infelizmente há muitos pesos que desvalorizam o filme, e a sua duração (2 horas e meia de fita) impossibilita qualquer tentativa de evitar pensar “esta cena não faz muita falta”
Nunca houve nenhum filme da Guerra das Estrelas igual, toda a sua dualidade, os seus twists, as perguntas colocadas ao público, todo este sentimento que passa aos fãs… Mas da forma como o filme começa, avança e acaba, deixa muito pendente do episódio IX. Compreendo os puristas da trilogia original mas reforço que este filme em nenhum segundo desce ao nível das prequelas.
Tem momentos dúbios mas também tem momentos que nos unem, como a própria Força.
8/10
-Henrique V.correia
Eu, vilão? Em conversa com Walter Junior
Jovem dos 7 ofícios com uma paixão enorme por tudo o que lhe ocupe tempo.
Jedi aos fins-de-semana!