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Cinema: Crítica – Os Caça-Fantasmas: O Legado (2021)

No auge dos anos 80, Os Caça-Fantasmas e a sua sequela foram dois dos grandes blockbusters da década, tendo criado uma legião de fãs que perduram até hoje, tendo estes filmes clássicos sido realizados por Ivan Reitman. Depois de um reboot desastroso que não interessou a absolutamente ninguém, Jason Reitman, filho de Ivan, chega com a continuação da história que tinha ficado em 1989, em Os Caça-Fantasmas: O Legado. (Ghostbusters – Mais Além, no Brasil)

Depois de uma morte na família forçar a mãe solteira Callie (Carrie Coon) e os seus filhos Phoebe (Mckenna Grace) e Trevor (Finn Wolfhard) a mudarem-se para a pequena cidade de Summerville, estes descobrem uma ligação com Os Caça-Fantasmas e que o apocalipse poderá estar iminente.

Apostando na nostalgia, o filme beneficia do efeito inicialmente impulsionado pela série Stranger Things da Netflix, como também pelo facto de não ser um franchise constantemente revisitado, ao contrário de outros, como por exemplo o Exterminador Implacável, que ao fim de uma mão cheia de filmes, continua a não conseguir ter o mesmo impacto com desejava.

Mesmo assim, Os Caça-Fantasmas: O Legado é capaz de construir o seu próprio filme em doses equilibradas, introduzindo personagens novas, enquanto expande levemente no universo. Mesmo quando descai nos momentos em que capitaliza no fan-service – e tem todo o direito de o fazer – este vem com o objectivo de celebrar na actualidade a sua grandeza na cultura-pop e, possivelmente continuar a história de forma como ela merece.

De uma forma geral, temos aqui um filme sólido, que não intimida novos espectadores e não é apenas mais um capítulo na história de Os Caça-Fantasmas, podendo ser desfrutado de forma bastante positiva por ambos públicos, naturalmente criando reações diferentes. Conhecermos Phoebe, a rapariga que adora ciência e está a tentar encontrar o seu lugar neste mundo complicado, esta demonstra qualidades de ser uma líder, não só empática para aqueles que não acreditavam na ideia desoladora que o fim do mundo estava próximo, como para os espíritos que estão a tentar arruinar tudo.

Apesar de tudo, o ensemble parece existir, em grande parte do tempo, apoiar Phoebe no seu objectivo e servir um propósito quase secundário. Um desses exemplos é o professor Mr. Gooberson (Paul Rudd), cuja presença é limitada apenas a meia dúzia de momentos em que a acção tinha que acontecer a alguém, e ele era a personagem mais credível para ser o bode expiatório da situação. No entanto, não é feita de forma drástica, causando grande impressão.

Com isto, Os Caça-Fantasmas: O Legado é um dos regressos mais bem-vindos, mostrando novamente as suas verdadeiras cores, destacando-se no meio dos blockbusters que foram adiados devido à pandemia. A nostalgia, sempre presente, e a sua acessibilidade faz dele um dos filmes mais feel-good da temporada.

Nota Final: 7/10

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